Legados de 2017

Reginaldo Villazón

Estamos fechando o ano de 2017. É tempo de avaliarmos o que foi o ano de 2017 na nossa vida, na vida do nosso país, na vida do nosso planeta. Podemos presumir suas conseqüências para o futuro. Nesta ocasião, há quem utilize conhecimentos esotéricos para estudar as tendências no ano vindouro. Mas é necessária uma reflexão sobre os acontecimentos de 2017. Temos que adentrar o ano novo com propósitos e atitudes renovados, e cada ano que finda deixa, no mínimo, ensinamentos.

O ser humano costuma achar que muita coisa muda só para pior. No Brasil, a taxa de adolescentes que ficam grávidas gira em torno de 7% e está em declínio. Mas nós achamos que é maior e que está aumentando. Em vários países, a taxa de homicídios tem caído nos últimos 15 anos. Mas a maioria das suas populações acredita que está aumentando. Somos muito sensíveis às coisas negativas. Os cientistas entendem que esta sensibilidade é útil para a sobrevivência humana.

Sim, é pura verdade que em 2017 no Brasil a crise econômica resistiu. A redução das atividades das empresas, o desemprego, o endividamento das famílias e o caos na saúde pública causaram grandes sofrimentos. Felizmente, nos últimos meses, a notícia mais corrente no país foi "início de recuperação". As exportações do agronegócio cresceram 40% em outubro, produzindo o superávit de 6,89 bilhões de dólares. Como sabemos, o agronegócio impulsiona toda a economia.

A política em 2017 – retrógrada e suja – fez aumentar consideravelmente a consciência e a impaciência dos cidadãos brasileiros. Os políticos e suas políticas não ficarão sem respostas duras nas urnas nas eleições futuras. As opiniões políticas das pessoas mais escolarizadas e das menos escolarizadas já tendem a se igualar. Assim, apesar dos pesares, o ano de 2017 deixa a sua sementeira boa para o futuro. Podemos ilustrar o ano de 2017 com alguns fatos espetaculares.

Físicos detectaram ondas gravitacionais originadas da fusão de duas estrelas de nêutrons, distantes 130 milhões de anos luz da Terra, abrindo novas fronteiras para as pesquisas do universo. Geneticistas corrigiram um gene defeituoso em embriões humanos, responsável por uma doença cardíaca grave, usando a técnica de edição genética e gerando possibilidade de cura de doenças que se transmitem de geração a geração. Médicos usam útero artificial para salvar cordeiro prematuro.

Como podemos notar, a vida no planeta não está parada nem em extinção. Apesar dos sofrimentos, a vida continua e está em evolução. Se o ano de 2017 foi difícil, nada nos impede de buscar melhores condições no ano novo. Devemos persistir em acompanhar as ondas do progresso. Errados são aqueles que continuam apegados a atitudes e conceitos retrógrados, porque serão atropelados pelo progresso. Graças, também a 2017, os anos de 2018 e seguintes serão melhores.

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