Na segunda-feira, 9 de outubro, logo após a sessão ordinária, os vereadores se reuniram com membros do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e ouviram explicações sobre os cortes de repasses que o programa pode sofrer em todo país.
O SUAS instituído pelo governo federal em 2005, repassa verbas para estados e municípios manterem o programa. Antes de 2005, o trabalho de proteção social não era feito por profissionais, e sim, por voluntários com características assistencialistas. Em todo o Brasil, o SUAS atende cerca de 70 mil pessoas, entre crianças, idosos, pessoas com deficiência e mulheres vítimas de violência.
Em Jales, os recursos do SUAS são destinados a vários programas, tais como os desenvolvidos por entidades como a APAE, que atende 180 pessoas com deficiência e o PAEFI- Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Família e Indivíduos, que tem como público alvo famílias e indivíduos que sofrem violência física, psicológica ou sexual, entre outros.
No encontro, as assistentes sociais explicaram que, caso seja aprovada a proposta de orçamento do Governo Federal previsto para 2018, diversos programas de assistência social sofrerão cortes dos recursos, que chegarão a mais de 99% do valor destinado.
A chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Assistência Social, Luana Lourenço, explicou quais as implicações dos cortes de repasses: "O município vai ser obrigado a ofertar o serviço, que não vai ser mais oferecido pelo Estado, e o município não será capaz de arcar com essas despesas".
Na próxima quarta-feira (18), às 9h, os trabalhadores do SUAS da região de Fernandópolis, usuários da política de assistência social, poder executivo, órgãos de classe e outros farão uma mobilização em defesa do programa. O grupo vai se reunir na Câmara Municipal de Jales para discutir estratégias de divulgação que serão adotadas e depois partirá em uma caminhada de conscientização sobre o SUAS.
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