Santa Casa de Jales realiza primeira cirurgia de marcapasso definitivo


Na terça-feira, 18 de abril, aconteceu na Santa Casa de Jales a primeira cirurgia de marcapasso definitivo, dispositivo que é capaz de corrigir determinadas doenças do ritmo cardíaco que reduzem a frequência dos batimentos do coração.


foto - Equipe médica antes da realização do procedimento (esquerda para direita: Jonathan Scapin, Fernando Souza, Ricardo Rodrigues Perbelini, Tharso Castilho Gabriel e Paulo Henrique Botelhoe enfermeiras prestigiaram a primeira cirurgia de marcapasso definitivo

Segundo o médico do corpo clínico do hospital, Jonathan Scapin Zagatti, Ritmologista e Membro Titular do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, o procedimento é pioneiro na Santa Casa e ocorreu conforme a equipe médica previa. 

"Para a implantação do marcapasso foi necessária uma incisão em região anterior e lateral do tórax, próximo ao ombro, no qual foi introduzido um eletrodo que vai até o coração onde é afixado em posição ideal com a ajuda da radioscopia. Por fim, o eletrodo é conectado ao marcapasso, que fica alojado em uma cavidade entre a pele e os músculos do tórax", destacou.

O marcapasso é um dispositivo que pode corrigir ou apenas melhorar algumas anormalidades do ritmo cardíaco. De acordo com o Dr. Jonathan, o paciente que necessita de um marcapasso tem um coração que pulsa de forma lenta e geralmente apresenta sintomas como tonturas ou vertigens, desmaios, cansaço aos pequenos esforços, falta de ar e inchaço nos membros inferiores que com a implantação do aparelho esses sintomas podem deixar de existir.

Esse tipo de cirurgia leva em torno de duas horas, o paciente tem rápida recuperação e normalmente recebe alta no dia seguinte retornando a vida normal em 30 dias apenas com recomendações simples de não sobrecarregar em exagero o membro superior do mesmo lado em que o marcapasso se encontra.

A Santa Casa de Jales contou com a participação do cirurgião geral Tharso Castilho Gabriel, o anestesista Ricardo Rodrigues Perbelini, a instrumentadora cirúrgica Natália Aparecida de Andrade e o assessor técnico Fernando Souza. Como equipe de apoio esteve presente o cirurgião cardíaco Paulo Henrique Botelho, membro do Hospital de Base de São José do Rio Preto e da Santa Casa de Votuporanga.

"Agradeço primeiramente a Deus, à minha esposa e meu filho que vivenciaram minha ausência enquanto buscava aperfeiçoamento para que este dia acontecesse aqui em Jales. Sou grato ainda a todos aqueles que participaram direta ou indiretamente na viabilização desta cirurgia, pela oportunidade em realizar este procedimento que foi idealizado há quatro anos quando iniciei a especialização em Arritmia Clínica e Estimulação Cardíaca Artificial no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia sob a tutoria dos médicos Prof. José Carlos Pachón Mateos e Prof.Juan Carlos Pachón Mateos" finaliza o doutor Jonathan.

A cirurgia foi realizada pelo convênio Unimed, pois a Santa Casa de Jales não é referenciada pelo Sistema Único de Saúde – SUS.
(foto/asconsantacasajales/divulgação)

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