Modificações no Calendário Nacional de Vacinação aumentam a proteção de crianças e adolescentes

As alterações seguem os avanços dos estudos relacionados à imunização no país
 
O Ministério da Saúde anunciou mudanças no Calendário de Vacinação da Rede Pública de 2017, que ampliam o público-alvo para seis doses: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, meningocócica C e hepatite A.  Ao todo, o calendário é composto por 19 vacinas, oferecidas em todos os postos de saúde do país.
 
As modificações são importantes porque "amplia-se a cobertura da proteção contra meningococo C para adolescentes, que compõem um grupo em que a doença meningocócica também prevalece, e institui a imunização contra o vírus A da hepatite, que corresponde à forma mais contagiosa, e que incide com frequência em crianças em idade pré-escolar", explica o Prof. Dr. Paulo Taufi Maluf Júnior (CRM/SP 21.769), pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas e do Hospital Sírio-Libanês.
 
As vacinas contra hepatite A e a tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela, passam a ser administrada para crianças com 15 meses a até cinco anos. Anteriormente, a idade máxima era de até dois anos.
 
A dose contra meningite C, antes indicada apenas para crianças, com esquema vacinal de duas doses aos três e cinco meses de idade e reforço que poderia ser aplicado aos 12 meses ou até 4 anos. Agora, a dose de reforço também é destinada a adolescentes de 12 a 13 anos.
 
O pediatra Paulo Maluf lembra que, "no caso das meningites meningocócicas, há outros tipos de germes envolvidos, além do meningococo A. Em serviços privados, encontram-se as vacinas meningo A, C, W, Y e a meningo B que, após sua administração, conferem à criança uma proteção integral contra todos os subtipos de meningites contagiosas".
 
Já em relação à vacina contra HPV, que antes era indicada apenas para meninas de 9 a 13 anos, agora a imunização deve ser também para meninos de 12 e 13 anos e meninas de até 14 anos.
 
"A vacina contra o HPV é importante tanto para as meninas quanto para os meninos para prevenir contra os cânceres de colo de útero, pênis, ânus, garganta e verrugas genitais e deve ser tomada antes do início da vida sexual", alerta o pediatra Paulo Maluf.
 
Para os adultos, além da tríplice viral na infância, a segunda dose será ofertada até os 29 anos. Para os não vacinados, é dada uma dose de 30 a 49 anos. Já no caso da DTPA (difteria, tétano e coqueluche), é ofertada uma dose a cada gestação a partir da vigésima semana ou no puerpério, até 45 dias após o parto.

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