Dom Reginaldo Andrietta, Bispo Diocesano de Jales
Findamos o ano fazendo um balanço, identificando desafios e renovando esperanças. Se a humanidade existe há milhões de anos e, hoje, ainda enfrenta problemas gravíssimos, devemos nos perguntar sobre a qualidade de nosso desenvolvimento humano e de nossos projetos de vida. Nosso balanço de fim de ano deve, portanto, ser mais profundo do que supomos. Nossos projetos devem ser mais coerentes do que costumamos imaginar.
Inspirados por essas belas iniciativas e pela mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz de 2017, sob o lema "A não-violência, estilo de política para a paz", sejamos neste novo ano, muito mais corajosos na luta contra a cultura da violência que invade todas as realidades da vida humana, inclusive nossos lares. Busquemos, pois, a verdadeira paz, cuja fonte é Deus, com suas implicações éticas, agindo em favor do que é justo e digno a todos os seres humanos, construindo-a em nossos relacionamentos interpessoais e lutando por ela, sobretudo onde se faz mais necessária.
Findamos o ano fazendo um balanço, identificando desafios e renovando esperanças. Se a humanidade existe há milhões de anos e, hoje, ainda enfrenta problemas gravíssimos, devemos nos perguntar sobre a qualidade de nosso desenvolvimento humano e de nossos projetos de vida. Nosso balanço de fim de ano deve, portanto, ser mais profundo do que supomos. Nossos projetos devem ser mais coerentes do que costumamos imaginar.
O que mais desejamos ao iniciarmos o novo ano senão a paz? Por isso, celebramos, no dia 1° de janeiro, o Dia Mundial da Paz. Este dia, instituído pelo Papa Paulo VI, começou a ser celebrado em 1968, no auge da Guerra do Vietnã, quando muitos povos, inclusive o povo brasileiro, estavam assolados por governos autoritários; época do assassinato de Martin Luther King; e tempo de protestos, especialmente juvenis, em prol de liberdade. Desde então, Paulo VI e seus sucessores manifestaram-se a cada ano, nesse dia, associando paz, justiça e condições dignas de vida.
De 1979 a 2005, João Paulo II tratou em suas mensagens para esse dia, temas relacionados à paz, como respeito às crianças, discriminação, desenvolvimento, solidariedade, conflitos mundiais, pobreza, educação, perdão, justiça e direitos humanos. Sua aguçada consciência ecumênica levou-o a promover em 1986, o Dia Mundial de Oração Pela Paz, reunindo líderes de distintas religiões como um sinal profético de esforço comum em favor da paz mundial.
Bento XVI deu sequência a esta saudável tradição, abordando questões cruciais como respeito à pessoa humana, combate à pobreza, defesa do meio ambiente e desafio da família humana em ser uma comunidade solidária. Em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2011, sob o lema "Liberdade Religiosa, Caminho para a Paz", ele afirmou dolorosamente que, "em algumas regiões do mundo, não é possível professar e exprimir livremente a própria religião sem pôr em risco a vida e a liberdade pessoal". Por isso, exortou "os homens e mulheres de boa vontade a renovarem o seu compromisso pela construção de um mundo onde todos sejam livres para professar a sua própria religião ou a sua fé e viver o seu amor a Deus com todo o coração, toda a alma e toda a mente".
No Brasil, a liberdade religiosa adquiriu estatuto legal em 1891, foi reafirmada na Carta Magna de 1934 e permanece na constituição atual, outorgada em 1988. Embora casos de intolerância religiosa estejam sendo frequentemente denunciados, nota-se um esforço crescente de várias denominações religiosas de trabalharem em conjunto como condição para construir a tão almejada paz social. O movimento ecumênico no Brasil, representado, sobretudo, pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, do qual a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil faz parte, tem entre seus objetivos, "promover a justiça e a paz".
Inspirados por essas belas iniciativas e pela mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz de 2017, sob o lema "A não-violência, estilo de política para a paz", sejamos neste novo ano, muito mais corajosos na luta contra a cultura da violência que invade todas as realidades da vida humana, inclusive nossos lares. Busquemos, pois, a verdadeira paz, cuja fonte é Deus, com suas implicações éticas, agindo em favor do que é justo e digno a todos os seres humanos, construindo-a em nossos relacionamentos interpessoais e lutando por ela, sobretudo onde se faz mais necessária.
Comentários
Postar um comentário