FOLHAGERAL

No início


Na apuração das eleições em segundo turno – dos prefeitos em 57 cidades do país –, no domingo passado, vários cientistas políticos já se agitavam para tentar explicar o elevado número de abstenções, votos nulos e votos brancos. Não foi um fato inesperado, mas chamou a atenção pela evidência logo no início da apuração.


As opiniões
dos cientistas políticos foram variadas e às vezes pouco convincentes. Verdades sejam ditas. Muitos eleitores brasileiros estão cansados da obrigatoriedade de comparecer às urnas para votar em candidatos fracos. Ou para votar em candidatos que, depois de eleitos, desviam suas competências para praticar atos ilícitos.

Das 15 maiores
economias do planeta, o Brasil é a única que tem o voto obrigatório. Para contorná-lo, os eleitores faltam às eleições e depois justificam a ausência. O nível alto de abstenção dos eleitores depõe contra os políticos. Significa falta de interesse dos eleitores. Começa até a ficar difícil aos governantes manterem o voto obrigatório.

De maneira
semelhante, o nível alto dos votos nulos e brancos denunciam a falta de confiança dos eleitores nos candidatos. Também depõe contra os políticos. Nestas eleições de 2016, embora de cunho municipal, refletiu a sujeira praticada pelos políticos em nível federal, denunciada pela Operação Lava Jato e exposta pelos próprios políticos.

Somando
o primeiro turno e o segundo turno das Eleições 2016, o ranking dos partidos com seus prefeitos eleitos ficou assim: PMDB (1.038 prefeitos); PSDB (803 prefeitos); PSD (540 prefeitos); PP (492 prefeitos). Juntos, estes quatro partidos vão governar 2.873 prefeituras (51,6% das prefeituras brasileiras).

Nem por isso,
os partidos que se deram bem, nestas eleições de 2016, devem ficar rindo à toa, achando que estão com a bola cheia. Se os resultados das urnas subjugaram o PT, as abstenções e os votos inválidos significaram alta rejeição do eleitorado a todos os partidos. Ganhar eleição, com menos votos dos que abstenções e votos inválidos, é para sentir vergonha.

Dizer que
todos os partidos e seus afiliados devem pensar seriamente em adotar novas atitudes, para não se darem mal daqui por diante, é uma verdade cristalina. Nestas eleições, os prefeitos que se apresentaram como cidadãos livres de partidarismo (nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte e outras), conquistaram a confiança da maioria do eleitorado.

Os analistas
lá do botequim da vila comemoram o grande progresso mostrado nas urnas pelo eleitorado brasileiro, cada dia mais consciente. E não se cansam de exclamar: "Graças ao PT". Pois é, quem diria que o PT prestaria tão relevante serviço ao país.

Voltando
à política local, mas sem perder o bom humor, o pessoal do botequim promete que o prefeito Pedro Callado (PSDB) vai ter um grande fim de ano. Ele vai festejar o Natal quase livre de aborrecimentos. E tem motivos para ficar feliz, na hora do champanhe, quando os ponteiros do relógio se unirem à meia noite de 31 de dezembro de 2016.

De acordo
com conversas de bastidores da política jalesense, a administração municipal já teria garantidos os recursos para pagamento do 13° salário e do salário de dezembro de 2016 dos seus servidores. Que assim seja. Não tem dinheiro mais sagrado que este.

Fala-se ainda,
nos bastidores políticos, que a concessão de portarias para melhorar salários de dezenas de funcionários públicos municipais é assunto que pode azedar o caldo de muita gente. Mas isto deve ser tratado na próxima gestão, junto com uma necessária modernização da prefeitura. Será preciso objetivar vantagens amplas que valham a pena.

E o recape,
tão esperado, da pavimentação asfáltica que não começa? Infelizmente, é preciso amenizar os estragos em veículos causados pelos buracos das vias públicas. O trecho entre a Avenida Chico Jalles e a Rua 5 está mesmo bem ruim. Pelo que se sabe, o entrave é que alguém precisa fazer um acerto no edital de licitação.

Enquanto
isso, se o dinheiro emprestado do Desenvolve SP para a execução do recape estiver aplicado, é bom porque não desvaloriza. Caso contrário, o prejuízo cai na extensão do serviço e isto é péssimo. Se não dá para fazer boa parte dos 125 mil m2 programados, sobra buraqueira. E a buraqueira vira herança para a administração seguinte.

Na cidade de
Bento de Abreu (SP), a vereadora Marinete Tenório Cavalcante Vaz (PT) – tal como sua xará de Urânia, vereadora reeleita Marinete Munhoz Borges Saracuza (PP) – foi também reeleita naquela localidade de 2,9 mil habitantes, próxima a Araçatuba. Ela obteve 90 votos (4,72%) para sua quarta legislatura consecutiva.

Vereador
mais votado no município de 1.845 habitantes, localizado na Macrorregião Noroeste Paulista, Vanderley Conejo, mais conhecido por Delei, conquistou 126 votos (7,47%) no retorno ao Legislativo de Aspásia. O petista já tinha ocupado cadeira na Câmara, na legislatura 2001-2004. Ele vai defender ações, especificamente, em três áreas: Saúde, Educação e Esportes.

Em relação
ao esportes Delei diz que "cobrarei da prefeitura a distribuição de material esportivo para as crianças e jovens de nossa cidade. Temos escolinhas, quadra, ginásios, campo de futebol e professor de educação física, mas precisamos dos equipamentos (uniformes, bola, tabelas, redes) para as práticas esportivas".

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