Ministério investirá R$ 200 milhões na primeira infância

 Recurso será usado no desenvolvimento de crianças de 0 a 3 anos do Programa Bolsa Família

O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) investirá R$ 200 milhões, neste ano, para promover o desenvolvimento humano de crianças beneficiárias do Programa Bolsa Família, entre zero e três anos. O anúncio foi feito pelo ministro Osmar Terra (foto) durante participação no IV Seminário Internacional Marco Legal da Primeira Infância, na tarde desta terça-feira (5).

"Uma criança negligenciada e maltratada nesses primeiros anos terá problemas para o resto da vida. Elas podem desenvolver um estresse permanente. As crianças não podem esperar. Queremos que este programa esteja andando em agosto", destacou.

Terra ressaltou que os programas governamentais devem ter como perspectiva o apoio às famílias. "A criança precisa do adulto em todas as circunstâncias de sua vida. Então, o mais importante é olhar para quem cuida destas crianças. Precisamos trabalhar com a família, que deve ser educada para estimular melhor os seus filhos", acrescentou.

O ministro falou ainda da importância da visita domiciliar e da capacitação dos visitadores para que o atendimento seja de qualidade. "Nas casas percebemos como se estabelecem as relações. Temos que ter visitadores que fiquem mais tempo com as famílias, que percebam as situações não identificadas num consultório", salientou.

Para Terra, é fundamental acompanhar e avaliar as políticas públicas para o bom desenvolvimento do programa. "Monitorar o desenvolvimento infantil é um compromisso com o resultado".

Marco Legal - A diretora da China Development Research Foundation, Mary Young, elogiou o Marco Legal para a Primeira Infância. "O marco é histórico e serve de exemplo para outros países. É preciso agora assegurar a qualidade dos programas para a primeira infância".

Segundo a diretora, os primeiros três anos de vida são os mais vulneráveis. "As crianças são a base para todo o desenvolvimento sustentável. Elas têm o direito de prosperar, de desenvolver o seu pleno potencial e viver num mundo sustentável", acrescentou.

 
Foto: Patrick Grosner/MDSA

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