Atitudes

Reginaldo Villazón

Estimativas populacionais do Ministério das Relações Exteriores revelam que 3,107 milhões de brasileiros residem fora do país. Há brasileiros vivendo por toda parte do mundo. Por região, os números são estes: América do Norte (1.368.000), Europa (866.000), América do Sul (562.000), Ásia (202.000), Oriente Médio (43.000), Oceania (33.000), África (25.000) e América Central (8.000). Os países com mais brasileiros são: Estados Unidos, Paraguai, Japão, Portugal, Espanha, Inglaterra e Alemanha.

Já o número de estrangeiros que moram no Brasil é menor, mas não é desprezível. Eles são avaliados em 1,0 um milhão, vindos de vários países. Normalmente, os brasileiros decidem ir morar fora do Brasil e os estrangeiros decidem vir morar no Brasil por motivos pessoais. Estabelecidos no país de destino, transmitem notícias a parentes e amigos por carta, cartão postal, telefone e internet. Hoje muitos gravam mensagens e vídeos com informações, dicas e opiniões, e postam na internet para acesso público.

Vários brasileiros postam essas mensagens e vídeos. Com títulos, assim: "saibam a verdade sobre a vida aqui neste país"; "o que não se deve fazer para se dar bem aqui neste país"; "porque os brasileiros são odiados aqui neste país"; "o que eu adoro neste país"; "o que eu odeio neste país". Por aí vão os conselhos e desabafos. Os autores apontam aspectos diversos e emitem opiniões pessoais. Não há unanimidade. Por isto, vale a penas assistir a eles com atenção para refletir sobre as diferenças de pessoas e países de forma instrutiva.

Este ano, o norte-americano Mark Manson – que morou 4 anos no Brasil e se casou com uma brasileira – divulgou na internet "Uma carta aberta ao Brasil", na qual foca a situação lamentável do nosso país. Ele diz que o problema está no brasileiro. Aponta que o brasileiro costuma não assumir responsabilidades, não ser altruísta com as pessoas fora da sua família, não reagir contra mentiras e falcatruas, não resistir ao consumismo por vaidade, não dar valor em ser útil e produtivo, não agir com solidariedade na sociedade.

Ele reconhece que o brasileiro está impregnado de uma cultura da qual deve se libertar. Que o brasileiro precisa ver as coisas de outro jeito, definir novos valores, utilizar melhor o tempo, priorizar uma sociedade forte e segura. Mas ele admite que também em países avançados, o cidadão mais civilizado tem problemas culturais a resolver. Na sua terra, o cidadão norte-americano precisa ser mais afetivo nas relações pessoais, ter menos paranóia com a segurança física, deixar de confundir conforto com felicidade.

De fato, a cultura de um povo gera atitudes boas e más. Isso afeta vida da sociedade e o desempenho de cada indivíduo. Quem busca ter sucesso, no Brasil e em qualquer outro país, deve se avaliar, refletir e se aprimorar. Em todos os países e lugares, existem indivíduos bem sucedidos e mal sucedidos. Atitudes pessoais desfavoráveis ao bem comum são nocivas ao sucesso. Todo indivíduo que gosta de aprender, cumpre bem suas obrigações e respeita os demais é propenso ao sucesso. Isto deve estar bem claro na mente de cada um.

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