Região de Jales tem desempenho de 1º mundo na fase inicial da educação


A região de Jales tem melhor desempenho de 1º mundo na fase inicial da educação, o Ciclo 1 do Ensino Fundamental. É o que aponta divulgação da Secretaria da Educação do Estado sobre o Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) e o Saresp (Sistema de Avaliação e Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) relativos a 2015. As escolas estaduais da região obtiveram média 7,28 no ciclo 1 do Fundamental (1º ao 5º ano), resultado comparado aos países mais avançados do mundo.
         O resultado positivo é acompanhado pelo de todo o Estado, que alcançou o melhor índice da história na educação pública estadual. Já nesta sexta-feira, dia 5, as escolas receberão os resultados, possibilitando planejamento inédito de toda a rede para 2016.
Além do ciclo 1, a região de Penápolis teve média de 3,96 no ciclo 2 do Fundamental e 3,28 no Ensino Médio.
No Estado de São Paulo, o Idesp, principal indicador de qualidade das escolas paulistas (criado em 2008), apresentou no ano passado melhora em todos os níveis de ensino. E acelerou o ritmo do Estado rumo às metas (estabelecidas em 2008) para todos os ciclos em 2030.
Em 2015, São Paulo chegou ao índice 5,25 no ciclo 1 do Ensino Fundamental (a meta é 7,0 para 2030). No ciclo 2 do Fundamental, alcançou 3,06 (a meta para daqui a 15 anos é 6,0). No Ensino Médio, 2,25 (a meta é 5,0 em 2030).
Para cálculo do Idesp, a Secretaria une o resultado do Saresp (em provas de Língua Portuguesa e Matemática) a taxas de aprovação, reprovação e abandono. A comparação entre os anos de 2014 e 2015 mostra avanço importante (abaixo está tabela com o Idesp ano a ano). A rede estadual avançou de 4,76 para 5,25 no ciclo 1 do Fundamental. No ciclo 2, de 2,62 para 3,06. No Ensino Médio, de 1,93 para 2,25. O ciclo 2 do Fundamental e o Ensino Médio tiveram o maior avanço da história do Idesp: 0,44 e 0,31, respectivamente. O ciclo 1 do Fundamental teve o segundo melhor resultado da história (0,49), perdendo apenas para o avanço de 2008 para 2009 (0,61).
O governador Geraldo Alckmin participou da divulgação, realizada no Palácio dos Bandeirantes. “Os resultados do Idesp e Saresp 2015 são uma beleza. Isso não é um ranqueamento. É um balizador. Esses resultados são fruto de um processo permanente e, por isso, São Paulo faz anualmente o Idesp e o Saresp com a seriedade da Vunesp”, disse Alckmin, que destacou a grande evolução nos ciclos I e II, do Ensino Fundamental, e no Ensino Médio. “Também tivemos avanços impressionantes em escolas de ciclo único e de tempo integral, que em três anos teve um salto de mais de 60%”, completa o governador.
“É evidente que há muito a melhorar, que há um longo caminho para que esses índices sejam comparados aos dos melhores países do mundo em educação. Mas os resultados mostram que ações empregadas estão repercutindo positivamente no aprendizado dos estudantes”, afirma o secretário de Estado da Educação, José Renato Nalini.
Somente no Ciclo I, as escolas paulistas já cumpriram 74,4% (5,25) da meta (7) estabelecida para 2030. No ciclo 2 do Fundamental, o índice de 3,06 representa 50,6% da meta 6. No Ensino Médio, os 2,25 são 44,8% da meta 5.
 
Saresp
         O Saresp de 2015 teve provas realizadas em 24 e 25 de novembro. A rede estadual paulista obteve também os mais avançados nos últimos oito anos. Provas de Língua Portuguesa e Matemática foram aplicadas para todos os alunos do 3º, 5º e 7º e 9º anos do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio.
Todas as séries tiveram crescimento em Matemática, com o melhor resultado da história desde 2008. É o segundo ano seguido que os resultados da Educação melhoram em praticamente todas as séries.
Em Língua Portuguesa, somente o 3º do Ensino Fundamental apresentou declínio em relação a 2014. Todas as outras séries avançaram na comparação com o ano anterior. O 3º ano do Médio teve o melhor resultado desde 2012. Já 5º, 7º e 9º anos do Fundamental tiveram o melhor resultado desde 2008 (tabela do Saresp abaixo).
A Secretaria aferiu que o impacto de movimentos contra a reorganização das escolas, no ano passado, foi mínimo. Os resultados incluem os alunos que boicotaram. E mesmo assim São Paulo avançou.
Além do resultado médio da rede por série avaliada, a Secretaria divulga percentuais de alunos em quatro níveis: Abaixo do Básico (não aprenderam o suficiente), Básico, Adequado e Avançado (estes três últimos aprenderam o que deveriam ou mais). Tanto em Língua Portuguesa quanto em Matemática, todas as séries ampliaram o número estudantes com conhecimentos Básico, Adequado e Avançado, reduzindo, assim, os alunos com nível Abaixo do Básico.
 
Foco Aprendizagem
         Entre as novidades previstas pela Secretaria para ampliar ainda mais o rendimento dos estudantes da rede está a plataforma “Foco Aprendizagem”. Este ano, professores e diretores de escolas terão um diagnóstico mais preciso sobre as habilidades e competências de cada turma por disciplina e receberão um cardápio de intervenções a fim de melhorar ainda mais o nível de aprendizagem dos alunos. O site reúne ainda dados das últimas edições do Saresp e é utilizado como referência na organização dos planos de aula e de reforço.
Ações de 2015
         Em 2015, pela primeira vez, a rede estadual utilizou a tecnologia no reforço de conteúdo dos estudantes do Ensino Fundamental e Médio. O programa “Aventuras do Currículo+” indicou mais de 205 mil alunos para aulas extras de Língua Portuguesa e Matemática. As atividades são feitas com auxílio do computador (da sala do Acessa Escola ou de casa). Desde o primeiro semestre, estudantes do Ensino Médio tiveram à disposição o programa Geekie+, plataforma digital que reúne planos de estudos personalizados com base na prova do Enem.
Ainda foi colocado em prática o novo sistema de Avaliação e Aprendizagem em Processo: desde o segundo semestre, as provas corrigidas foram cadastradas em um banco de dados e os resultados devolvidas às escolas. O exame, obrigatório em todas as escolas com 2º do ano do Ensino Fundamental até a 3ª série do Ensino Médio, tem como objetivo diagnosticar o desempenho dos alunos no semestre anterior e apontar estratégias para melhorar o aprendizado até o fim do ano letivo.

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