FOLHAGERAL

da redação


O Tribunal


de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) emitiu parecer favorável à prestação de contas do exercício de 2013 da prefeitura de Jales. Naquele ano, a prefeita Nice Mistilides respondia pela gestão municipal. Agora, o parecer será votado na Câmara Municipal.



Dá até arrepio
pensar numa tragédia política. O TCESP emitiu parecer desfavorável à prestação de contas do exercício de 2012, de responsabilidade do então prefeito Humberto Parini e do seu vice Clóvis Viola. Os vereadores foram contra o parecer do TCESP – um tribunal de alta competência –, cometendo uma aberração política, administrativa e jurídica que marcou ano legislativo jalesense de 2015. Como tudo é possível na política, o pessoal do botequim da vila está cismando. Será que os vereadores vão recusar de novo o parecer do TCESP, agora fazendo votação desfavorável em relação às contas de Nice?


A equipe de
futebol de Jales não vai disputar nenhuma divisão da Federação Paulista de Futebol (FPF), mas sim a Liga Paulista de Futebol (LPF). Esta Liga foi criada recentemente, em 10 de novembro de 2015, na Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude de SP, em reunião que contou com a presença de dirigentes de 20 clubes. A pretensão é formar duas séries com 20 equipes cada. O Congresso Técnico acontece neste mês de fevereiro.


O secretário
municipal de Esportes, Cultura e Turismo, Ademir Molina, e o vereador Nivaldo Batista de Oliveira também estiveram empenhados na formação da nova Liga, por interesse na volta do futebol de Jales em nível profissional. As equipes, que vão compor a LPF, serão desde times profissionais que disputaram a quarta divisão nos últimos anos, passando por times afastados do futebol profissional, até times em fase de projeto que cidades mostraram interesse em levar adiante.


Os cartolas
vinculados à Federação Paulista de Futebol têm bons motivos para pôr as barbas de molho. Se for para a nova Liga Paulista de Futebol funcionar bem, apenas isso, nada contra. E se a nova Liga deslanchar sem os vícios antigos do futebol brasileiro, mas crescer com força moderna e eficiente? Aí, o bicho pega. A guerra surda nos bastidores poderá ser dura, pois a formação de ligas independentes fortes não é novidade no mundo dos esportes.


O Estádio
Municipal Dr. Roberto Valle Rollemberg, cuja venda tem aprovação de muita gente, passa por uma limpeza. Espera-se que os administradores municipais não coloquem a máquina e o dinheiro públicos em prol da equipe de futebol e do estádio municipal. Não, porque não mereçam. Mas porque isso seria feito em detrimento de áreas mais carentes.


Os vereadores
têm que ficar de olhos e ouvidos bem atentos. Todos sabem que a administração municipal atravessa uma crise financeira brava, que não permite dispensar recursos para estimular empreendimentos privados de interesse geral. A colaboração do poder público ao futebol deve ser bem limitada. Até porque os dirigentes do novo time e da nova Liga devem ser bons empreendedores, sabendo fazer o esporte render muito dinheiro.

Um tucano

de quatro costados, que pediu anonimato, disse ao colunista que o PSDB em Jales não vai mais se sujeitar a vontades externas em suas decisões. "A decisões sobre o pleito eleitoral vai ter que passar pelo crivo da Executiva, sem palpites externos. Está na hora de andarmos com nossas próprias pernas", disse. Vamos ver como isso vai acontecer.


E, falando
em tucano, os analistas políticos do botequim da vila apostam que o prefeito Pedro Callado é pré-candidato à reeleição. E mais, que ele poderá ter o atual vereador e seu substituto eventual no Executivo (Nivaldo Batista de Oliveira, o Tiquinho) como vice na chapa. Tiquinho estaria analisando sua possível ida para o PSD do ministro Gilberto Kassab.


A Comissão
Especial de Inquérito (CEI), criada para apurar possíveis irregularidades na merenda escolar em Jales, encerrou seus trabalhos e entregou o relatório final, que será lido na sessão de 15 de fevereiro (segunda-feira) à presidência da Mesa Diretora da Câmara Municipal. O relator da CEI foi o petista Luís Fernando Rosalino (PT), o presidente foi Gilberto Alexandre de Moraes (DEM) e o vice foi Rivail Rodrigues Júnior (PSB).


A CEI
foi originada pelas diferenças constatadas nas quantidades de refeições servidas nas escolas do município. Em novembro de 2014 foram servidas 184.754 refeições aos alunos. Em março de 2015 foram 171.462 refeições. Em abril de 2015 foram 139.432 refeições.


Depois
de não cumprir com o acordo que elegeria Junior Rodrigues à presidência da Mesa Diretora da Câmara, em dezembro do ano passado, o vereador petista Luiz Fernando Rosalino teve uma longa conversa com o colega Gilberto Alexandre de Moraes (DEM). Ele procurou contornar a situação constrangedora em que ficou perante seus pares que assinaram o acordo. Coitados dos ouvidos do Gilbertão.


E, falando
em Rosalino, não se sabe se aquela lei de sua autoria, que regulamenta a distribuição de panfletos pela cidade, aprovada por unanimidade no Legislativo, foi sancionada ou vetada pelo Executivo. Ou está adormecida numa gaveta de uma escrivaninha qualquer.


O PMDB
deve mesmo lançar chapas completas às eleições municipais de 2016, em praticamente todos os municípios brasileiros, visando estar forte no pleito de 2018. Em Jales, o partido tem bons nomes para encabeçar uma chapa. Mas tudo depende dos seus caciques.

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