FOLHAGERAL

O secretário

de Estado da Habitação, Rodrigo Garcia (DEM), esteve nesta segunda-feira (7 de dezembro) em Aspásia para entregar 52 casas populares aos mutuários. Antes de seguir para município vizinho, Rodrigo Garcia passou pelo paço municipal de Jales. Manteve com o prefeito Callado uma conversa sobre a possível construção de mais casas populares em Jales. Nessa passagem do secretário pela Prefeitura, poucos foram os que tiveram a oportunidade de participar do encontro.
A Câmara

Municipal de Jales teve sua credibilidade manchada, mais uma vez, na sessão de segunda-feira (7 de dezembro) com a rejeição do Parecer Prévio do Tribunal de Contas do Estado. Este Parecer foi desfavorável à prestação de contas do Município no período de 2012, quando era prefeito Humberto Parini e vice-prefeito Clóvis Viola. Os políticos insistem em tomar decisões por conveniências partidárias. Não foram eleitos para isso.

Se as coisas

não andavam boas para o Legislativo após a cassação da prefeita Nice Mistilides – numa ação caracterizada como política perante a opinião pública –, agora ficaram piores. A Câmara rejeitou um Parecer emitido por pessoas qualificadas, não por leigos. É como se as irregularidades apontadas no relatório fossem falácias. Assim, a confiança nos vereadores vai por água abaixo. Mesmo sem dar boa audiência às transmissões das sessões, o povo sabe o que está acontecendo.

Lá no botequim

da vila, os observadores políticos dão conta que a pressão sobre vereadores favoráveis ao Parecer foi assustadora. Dizem que houve vereador que votou pela rejeição por medo de assombração. Uma força sombria que lhe poderia tirar votos no pleito de 2016.

Um vereador

confidenciou ao colunista, na semana passada, que estavam garantidos cinco votos a favor do Parecer Prévio do TCE. Inclusive o seu. Mas, no frigir dos ovos, esse vereador votou pela rejeição. Votaram em favor do Parecer os vereadores Tiago Abra (SDD), Gilberto Alexandre de Moraes e Jesus Martins Batista (ambos do DEM).

Aos vereadores

Luis Fernando Rosalino e Pérola Cardoso (ambos do PT), é até compreensível que tenham votado contra o Parecer, por obrigação partidária, para não se oporem ao ex-prefeito petista Parini. Mas defender coisa errada com unhas e dentes é incompatível com a lealdade que todos os vereadores devem ter com todos os eleitores. Isto não se discute.

Correligionários,

até cabos eleitorais do pleito passado, do vereador e presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal, Nivaldo Batista de Oliveira (Tiquinho), não entendem por que ele votou contra o Parecer do TCE. Não foi por razões técnicas. Não foi por razões políticas, pois seus colegas de bancada (DEM) – Gilbertão e Jesus – foram pela aprovação.

É por essas

e outras coisas que os políticos – por pura falta de cuidado com suas condutas – perdem prestígio e colocam sua classe na condição de menos confiável perante a opinião pública. Quando são criticados pelos eleitores, especialmente quando pedem votos, não deveriam ficar ofendidos.


Quem está

aliviado pela camaradagem dos vereadores é Clóvis Viola. Agora está livre para se preparar e lançar seu nome a pré-candidato a prefeito pelo Partido Verde. Sua parceria com o PT não lhe rendeu um passado cheio de glórias. Vai ter que se esforçar muito.

A Câmara

Municipal de Jales elegerá, na segunda-feira (14 de dezembro), a Mesa Diretora para o exercício de 2014. Rivail Rodrigues Júnior (PSB) poderá receber a maioria dos votos para a presidência se for o indicado dentro do acordo firmado entre os vereadores que elegeram Tiquinho. Inclusive dos dois petistas Rosalino e Pérola podem fechar com Rivail.

Vários

deputados estaduais apresentaram emendas parlamentares ao orçamento estadual para liberação de recursos a Jales em 2016. Uns, dentro das possibilidades de liberação dos recursos pelo Estado. Outros optaram por emendas que pedem recursos, mas geram dúvidas quanto às possibilidades de suas liberações.

Esta coluna

sempre cobrou do Executivo Municipal a reivindicação de uma unidade fixa do Poupa Tempo em Jales. Bem, se por acaso um dia a unidade for instalada aqui, será porque houve uma solicitação por emenda ao orçamento estadual. Não foi obra da coluna.


O deputado

estadual Ênio Tatto (PT) apresentou emenda ao orçamento do Estado no valor de R$ 100 mil para implantação de uma república para idosos de baixa renda no município de Jales. Esta é uma emenda que pode ser liberada rapidamente por ter pequeno valor.

O novo

destaque na mídia regional é o Aeródromo de Jales – regulado pelo convênio 19/2012, assinado em 17 de outubro de 2012 entre a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SACPR) e o então prefeito Humberto Parini. Mas sem fiscalização, fazem o que bem entendem no uso daquela área.

De acordo

Com o Item 3.1 da Cláusula Terceira: "O presente instrumento tem por objeto a delegação, da União para o Município de Jales-SP, da exploração do Aeródromo de Jales (SDJL), localizado naquele Município, com a seguinte localização geográfica: 20° 17` 28" S / 50° 32` 40" W. Se o convênio está em vigor ou não, é assunto administrativo.


Se os gestores

municipais tirassem do seu modo de agir a "média política", muita coisa seria diferente. Uma pessoa, há 22 meses, não paga aluguel pelo uso de sala no Aeródromo de Jales. Pode? Imóveis públicos são cedidos para uso de terceiros. Pessoas constroem em cima de área pública. Então, é a "média política" que fala mais alto.

Querendo
ou não, um dia o Aeródromo de Jales vai ter que deixar aquele local. Já se falou até em vender a área para lá instalar um centro comercial. Mas tem gente que pede verba para reformar as instalações. Até uma emenda foi apresentada este ano, por um parlamentar ao orçamento do Estado, solicitando recursos para reforma dos barracões. Melhor seria pedir recursos para pavimentação e recape asfáltico na cidade.

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