FOLHAGERAL

da redação


Centenas


de municípios brasileiros regulamentaram – mas não proibiram – a distribuição de panfletos publicitários em suas cidades sedes. No site da Associação Comercial e Empresarial de Itapecerica da Serra (SP), é possível ler a "Lei Cidade Limpa" que regularizou a panfletagem na cidade. O Artigo 1º. da lei diz: "Esta lei dispõe sobre a ordenação dos elementos que interferem na composição da paisagem urbana, visíveis a partir de logradouro público no território do Município de Itapecerica da Serra
 
Nesta quarta-feira,
(14 de outubro), o diretor deste jornal acabou sendo ofendido por advertir um panfleteiro, que tentava enfiar folhetos no trinco da porta de vidro em vez de deixá-lo sobre a mesa do escritório da redação. E a empresa responsável pela panfletagem nem é de Jales, mas de Araçatuba. Poderia praticar sua concorrência aqui, mas de forma correta e cortês.

Levado o
caso à assessoria do prefeito Callado – já que existe uma lei de autoria do vereador petista Luis Fernando Rosalino, que precisa ser regulamentada para o fim dos abusos –, o secretário municipal de Comunicação, Dr. Francisco Melfi, disse apenas que falta funcionário para a fiscalização. Parece que a Prefeitura ficará de fora.

Os maiores
interessados na panfletagem em Jales são as empresas da cidade, que divulgam seus produtos e serviços à população. A atividade é importante e produz benefícios, devendo ser valorizada também na forma de ser realizada. Talvez as associações de classe, como a Associação Comercial e Industrial de Jales, possam estudar o caso e incluí-lo na pauta dos seus trabalhos junto aos empresários.

A Lei dos Panfletos,
publicada em dezembro do ano passado, com o prazo de 90 dias para ser regulamentada, está engavetada. Enquanto isso, empresas de outros municípios colocam seus panfletos onde desejam, especialmente nos parabrisas dos veículos da cidade. Não é um trabalho de propaganda bem feito e ainda produz lixo pela cidade. A lei é justamente contra isso.

O vereador
petista Luiz Fernando Rosalino deve estar muito preocupado com o situação da presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Mas este caso municipal dos panfletos é exemplar. Diz respeito à Câmara, à Prefeitura, às empresas e à cidade. Não demanda grandes verbas. Mas transparece a debilidade do município diante de pequenos desafios.

Sexta-feira
passada (09 de outubro), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) esteve em Jales e região. Observando o semblante do mandatário paulista nas fotos divulgadas, dá para perceber que ele apareceu mais à vontade nos outros municípios do que em Jales. Quem sabe, se a recusa da realização dos Jogos Regionais em Jales ainda não foi digerida?

O Partido Verde

jalesense conseguiu duas boas filiações. O ex-vereador Rivelino Rodrigues, que deverá estar na linha de frente no próximo pleito municipal, e o bi vice-prefeito Clóvis Viola. Este deve colocar a barba de molho diante do parecer do Tribunal de Contas, que o vinculou à rejeição das contas do município de Jales em 2012 e que vai à votação em plenário pelos vereadores jalesenses.

Com essa
confusão em nível nacional, em todos os setores políticos, com a população reprovando os que não agiram direito com a coisa pública, fala-se que os vereadores de Jales vão acompanhar o parecer de reprova às contas municipais de 2012. Uns e outros vereadores estão assustados com a situação financeira administrativa em Jales.

No botequim
da vila, o assunto mais falado esta semana – diante da situação crítica a que chegaram as finanças da Prefeitura de Jales – foi sobre os muitos eleitores que gostariam que a ex-prefeita Nice estivesse no cargo, em vez de ter sido cassada. Talvez ela contornasse fatos negativos de hoje, talvez conquistasse vitórias sobre os seus oposicionistas. Política não é feita de certezas. Quem achou que a cassação resolvesse tudo, comeu pastel de vento.

O presidente
do PMDB, José Devanir Rodrigues (Garça), aproveitou seu bom trânsito político na alta cúpula peemedebista. Esteve em Brasília (DF) para fazer reivindicações em prol da Santa Casa de Jales. Louvável o empenho do Garça, que realizou ótimo trabalho como provedor da Santa Casa. Mas ele é também político e deseja ver o seu partido (PMDB) no executivo municipal. Nessa trilha, o PMDB pode ser uma boa aposta para Jales, mas precisa conquistar e mostrar à população..

Lamentar

crises, rapinagens e mentiras é o mínimo que os brasileiros devem fazer. As populações que rejeitam essas barbaridades vivem em países organizados, limpos, adiantados. Mas não é só lamentar. Daqui um ano, outubro de 2016, haverá eleições municipais. É hora de começar a agir com responsabilidade em favor do futuro do município. Para colher bons resultados, basta seguir o lema: "Faça a coisa certa".

A situação
financeira da Prefeitura de Jales está preta mesmo. O prefeito Callado tomou uma atitude drástica. As dívidas vencidas em agosto – pelo menos as relacionadas à mídia – serão pagas em até seis parcelas. Lamentável que a Prefeitura – de um município tão rico em recursos naturais e gente laboriosa – tenha chegado a este ponto.

As crises
sempre chegam ao fim. No fim delas, destacam-se os melhores, vencedores. Desaparecem os piores, perdedores. A história está cheia de exemplos.

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