Analista de sistemas de Campinas disponibilizou material pela internet, além de
armazenar quase mil arquivos do gênero em dispositivos pessoais
Um analista de sistemas morador de Campinas foi condenado a nove anos de prisão por
armazenar e compartilhar pela internet material pornográfico com cenas que envolviam
crianças e adolescentes. A sentença da Justiça Federal no município acolhe pedido do
Ministério Público Federal, que havia oferecido denúncia contra o acusado em 2012.
Pesou na dosimetria da pena o fato de os investigadores encontrarem em equipamentos
do réu quase mil arquivos de foto e vídeo com esse tipo de conteúdo.
A conduta fere o Estatuto da Criança e do Adolescente, que condena as práticas de
aquisição, armazenamento e distribuição de imagens, vídeos ou qualquer outra forma
de registro com cenas de sexo envolvendo pessoas menores de 18 anos. Além de guardar
o material em computador, pen drive e HDs externos, há provas de que o réu
disponibilizava em 2009 os arquivos pela internet, por meio de um programa de
compartilhamento P2P.
As autoridades chegaram ao acusado após alertas da Interpol no Reino Unido. O órgão
internacional havia rastreado endereços de IP brasileiros que acessavam uma sala de
bate-papo virtual para a troca de imagens de abuso sexual infantil. As investigações
levaram os agentes a identificar o réu entre os envolvidos, então residente em
Americana. Posteriormente ele se mudou para Campinas, onde policiais federais
apreenderam os dispositivos de armazenamento.
A pena de prisão deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado. O réu também
foi condenado ao pagamento de multa de três salários mínimos, segundo valores
vigentes na época dos delitos.
Comentários
Postar um comentário