Analisando a criança, por Flávio Carvalho

 
Que podemos esperar de uma psicoterapia da criança? Qual será seu desenvolvimento? Como determinar as razões para uma consulta clínica? Essas são questões com que podem defrontar, cedo ou tarde, todos aqueles que se ocupam da educação infantil.

Para poder apreciar efetivamente as diversas possibilidades da psicoterapia infantil, é necessário saber exatamente a que pode levar essa espécie de tratamento.

Muitos defendem ser a psicoterapia infantil diferente da do adulto, outros defendem o uso da mesma técnica. Não importa. Deve-se ter muito cuidado no que tange ao diagnóstico e, este deve ser feito de maneira cautelosa pelo psicanalista e com a participação de uma equipe multidisciplinar, principalmente no que tange a crianças com distúrbios de desenvolvimento.

Os psiquiatras e psicanalistas F. Klein e R. Debray defendem que as técnicas psicanalíticas usada com crianças se diferem das do adulto. Segundo estes psicanalistas seria necessário inventar outros métodos de abordagem, aceitáveis por todos. Abordagens feitas na escola, não sob a forma de psicoterapia, no sentido habitual do termo, mas abordagens de certo modo, institucionais, durante as quais se poderiam criar, dentro e fora da escola, centros de ajudas múltiplas, onde a criança pudesse encontrar, ao mesmo tempo, a possibilidade de desenvolver seus potenciais afetivos pulsionais e intelectuais.

Numa psicanálise com criança, é de fundamental importância o acompanhamento dos pais, a participação destes é fundamental para o desenvolvimento da análise. Por isso defendo que toda psicanálise de criança é uma psicoterapia familiar. *Flávio Rodrigo Masson Carvalho


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