FOLHAGERAL, da redação

Mês
de agosto, não tem fama boa. Rima com desgosto e tem algo a ver com cachorro louco, dizem os antigos. E, conforme dizem outros, não é um mês salutar para os políticos.

Lá no
botequim da vila, as raposas comentam que o presidente do PPS, Juliano de Matos, foi influenciado para que forçasse a saída de Clóvis Viola do partido. A saída de Clóvis, segundo os analistas do botequim, abre caminho para o PPS em Jales se coligar com o DEM.

Após deixar
o PPS, o ex-vice-prefeito Clóvis Viola conversou com José Devanir Rodrigues (Garça) sobre sua filiação ao PMDB. Porém, quando foi informado de que a vaga de candidato a prefeito não estaria garantida, ele preferiu ficar em cima do muro.

Mas as
conversas dão conta de que o ex-pepesista estaria com um pé no PSD do ministro Gilberto Kassab, onde – dizem as fontes – poderia ter a vaga de pré-candidato a prefeito assegurada para 2016. Uma fonte ligada ao ministro, disse que ele foi convidado mas sem a garantia da vaga. Clóvis Viola já deixou claro que não veste a camisa de vice.

É preciso
 
saber se – depois daquela chamuscada de 2012, quando ele correu para os braços do PT acreditando numa ascensão eleitoral que o levaria à cadeira do prefeito – Clóvis Viola ainda tem votos pra queimar no pleito de 2016.

Quem
 
também pode ingressar no PSD, após uma conversa pessoal que terá com o ministro Kassab que estaria em Jales neste sábado, mas a visita foi adiada devido a vinda da presidente Dilma em Catanduva, é o prefeito Pedro Callado, cujo pensamento estaria mais voltado a obtenção de recursos para recape. Puro pragmatismo.

Na quarta-feira,
 
19 de agosto, a redação desta Folha enviou e-mail ao prefeito Callado para saber se confirmava ou não sua intenção de migrar para o PSD. Até o fechamento desta coluna, não houve resposta. Políticos se expressam com palavras e silêncios. Outras vezes, nada dizem com palavras e silêncios. O bom observador tem que ser esperto.

Falando
em filiações, Antonio Rodrigues da Grela Filho, o Da Lua, pode ingressar no PMDB, mas sem compromisso de ser candidato. Até 03 de outubro, as especulações vão estar fervendo. Muitas vezes, a política é mais imprevisível do que futebol.

O prefeito
Callado foi a São Paulo, na semana passada, pedir recursos ao secretário estadual da Habitação, Rodrigo Garcia. Ouviu do secretário que, devido às dificuldades financeiras do Estado, o pedido de R$ 1 milhão para recape de conjuntos habitacionais seria no momento inviável. Jales entraria da lista de espera.

O presidente
do PT jalesense, Luis Especiato, disse que o seu partido vai de candidato próprio ao pleito municipal no ano que vem. Especiato pode ter percebido que, andar na garupa de outros partidos, torna-se um vício e não traz benefícios eleitorais.

Analistas
os políticos, lá do botequim da vila, são de opinião que o prefeito Callado, fazendo seis meses à frente do Executivo, está entrando na fase de uma possível perda de apoio político. Para eles, Callado pecou em não formar uma equipe de assessores com maioria tucana e não levá-los a ocupar pastas essenciais, bem como em se cercar de pessoas que na campanha eleitoral estiveram do outro lado da sua campanha. Em Jales, o povo tem perfil político um tanto conservador e refuga certas parcerias.

Outro
 
deslize político do prefeito Callado, na opinião daqueles analistas do botequim da vila, foi não ter se esforçado para a realização dos Jogos Regionais em Jales. Disse que não havia recursos e com isso caiu no desagrado dos comerciantes e lojistas, que esperavam o evento firmado entre a ex-prefeita Nice e o governador Geraldo Alckmin para faturar. O prefeito de Penápolis realizou os Jogos e recebeu os parabéns do tucanato lá de cima.

Nem
 
mesmo os Jogos Regionais do Idoso (Jori) em Jales conseguiu apagar a má impressão junto à comunidade pela não realização dos Jogos Regionais. Dizem que, com ou sem dinheiro, uma conhecida ex-prefeita colocaria os Jogos em campo de sua cidade.

Na segunda feira,
17 de agosto, o presidente do PPS jalesense, Juliano Matos, fez uma visita de cortesia ao prefeito Pedro Callado. Esteve presente também o chefe de gabinete, Ivan Bertucci. O pepesista Juliano Matos transmitiu ao prefeito " a disposição de seu partido na luta pelas causas de interesse da cidade". Durante a visita, deveria ter apresentado algo viável de benefício para Jales. Uma sugestão ou uma dica, pelo menos.

O deputado
 
estadual André do Prado (PR), candidato dos quatro votos em Jales no pleito passado, está sendo o mais requisitado pelas causas do município na Assembléia Legislativa. O vereador Tiago Abra (SDD) esteve com o parlamentar para solicitar liberação de R$ 250 mil para recapeamento asfáltico. Já dava para recapear a Rua São Paulo, que se encontra abandonada desde há muito tempo, mas merece a mesma atenção das outras ruas.

Pois é,
a tucanada que apoiou a deputada Analice Fernandes (PSDB) com unhas e bico, e até se vangloriou de ter lhe dado mais de 10 mil votos, agora chora as pitangas. O bando se sente abandonado pela emplumada parlamentar. Falta de fraternidade.

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