FOLHAGERAL, da redação



Um certo
Sentimento de frustração é sentido pelos lojistas, comerciantes, donos de bares, lanchonetes e restaurantes com a não realização dos 59º Jogos Regionais, que seriam realizados entre os dias 09 e 19 de julho deste mês. Daria para faturar – segundo dizem – uma graninha oportuna nesta crise.
Apesar
do Governo do Estado repassar recurso para cobrir gastos com os Jogos, a administração municipal considerou que o valor não seria suficiente para cobrir os gastos. Isto obrigaria o município a deslocar investimentos de outros setores para cobrir despesas com o evento esportivo. Os cofres da Fazenda Municipal estão no limite. O prefeito resolveu ouvir o conselho dos antigos: "precaução e caldo de galinha não faz mal a ninguém".
Coube
à cidade de Penápolis a responsabilidade de sediar os Jogos Regionais 2015, depois de negativas de outras cidades sondadas. O prefeito de lá, Célio de Oliveira, destacou num programa de rádio, no final de maio, os benefícios dos Jogos para a economia local.
Segundo
o prefeito Célio comentou, trata-se de um convênio de R$ 400 mil com o Estado, com uma pequena contrapartida do município. "Com as dificuldades financeiras – que hoje todos os municípios enfrentam – estabelecemos que a contrapartida máxima que poderíamos oferecer seria de no máximo 2,5%."
Na verdade,
a ideia inicial do prefeito, segundo ele revelou, era não oferecer nenhuma contrapartida, mas isto não é permitido quando se trata de um convênio. "Teremos, então, que dar uma contrapartida entre R$ 5 a R$ 10 mil, quando o valor que normalmente é exigido pelo Estado é de cerca de R$ 80 mil", continuou o prefeito.
"A presença
de milhares de atletas movimenta o comércio e aquece a economia da cidade. Lanchonetes, bares, pizzarias, shopping center e demais estabelecimentos são beneficiados, pois o consumo aumenta", justificou. "Além disso, há a questão da alimentação: açougues, supermercados e feirantes, que fornecem alimentos para os atletas de nossa cidade e de outras delegações, tendem a lucrar bastante", concluiu o prefeito Célio.
Os vereadores
Gilberto Alexandre de Moraes, Jesus Martins Batista, Luís Fernando Rosalino, Pérola Maria Fonseca Cardoso e Rivail Rodrigues Júnior querem saber, do prefeito Pedro Callado, informações sobre o custo financeiro do transporte oferecido pela prefeitura aos estudantes universitários que cursam faculdades em cidades da região.
Os parlamentares
ainda querem saber quanto foi gasto de recursos financeiros pela Prefeitura Municipal nos anos de 2013 e 2014 – e qual é a estimativa de gastos para o ano de 2015 –, se mantido o transporte de estudantes até o final do ano. O problema não é o gasto em si, mas encontrar uma solução de bom termo para a realização do serviço. É que, a partir de janeiro de 2016, o Município não poderá ceder mais ônibus para esse tipo de transporte.
O prefeito
Pedro Callado esteve visitando a Folha Noroeste nesta quarta-feira, 01 de julho. Numa atenciosa conversa, expôs a situação dos cofres do tesouro municipal e as dificuldades que está encontrando para manter as finanças em dia. É simples entender suas adversidades.
A Prefeitura
de Jales, se fosse administrada como uma empresa privada, teria uma meta de receita por funcionário e outra meta de despesa por funcionário. Assim, teria como atingir o objetivo de funcionar sem dificuldades financeiras. Contrataria diretores de ótimo nível profissional e qualificaria seus funcionários. Deixaria de prestar à comunidade os serviços de custos elevados e manteria os de custos baratos.
Entretanto,
não é assim que funciona uma organização pública. A Prefeitura de Jales é uma grande encrenca, uma herança de desmandos administrativos. As mudanças encontram resistência de natureza estatutária. A motivação dos servidores é baixa. As receitas públicas são mal repartidas entre as esferas administrativas, com prejuízo à prefeitura. A comunidade exige os benefícios que lhes são de direito.
A política,
aliada ao esforço administrativo, é a solução possível. É assim que o prefeito Pedro Callado poderá dirigir Jales na direção dos municípios de desempenho público eficiente, que existem, sim, no estado e no país. Claro, a ajuda dos vereadores é imprescindível.
A ADERJ,
Associação dos Deficientes Físicos da Região de Jales, uma OSCIP, foi condenada a devolver R$ 275.772,11 – a serem atualizados monetariamente e acrescidos dos juros de mora cabíveis –, com suspensão de novos recebimentos. Acórdão nesse sentido foi publicado pelo TCESP nesta terça-feira, 30 de junho, e refere-se ao exercício de 2009, cuja prestação de contas foi julgada irregular. O valor do repasse da Prefeitura para a Aderj foi de R$ 1.689.459,06.
Uma Comissão
estaria analisando a possibilidade de disponibilização da área urbana, onde está o Estádio Municipal Roberto Valle Rollemberg. Com ganhos a todos, inclusive ao esporte. E, ao final, apresentará um projeto de um novo Centro Esportivo mais moderno e eficiente e menos caro.
 
 
 


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