FOLHAGERAL

O clima
de adversidade política em Jales esquentou após a visita do deputado estadual Itamar Borges (PMDB) ao conjunto habitacional do CDHU, que está em construção, em companhia de Flá Prandi (DEM) e dos peemedebistas José Devanir Rodrigues, João Missoni Filho e Jediel Zacarias.
Os tucanos
não gostaram nada, nadinha do prefeito Pedro Callado não ter sido convidado para estar junto da comitiva do deputado estadual Itamar Borges (PMDB) na visita. Ainda mais, porque Itamar estava acompanhado de Flá Prandi, que é candidato a candidato a prefeito de Jales em 2016. Isto causou uma grande ciumeira, pois é público e notório que Pedro Callado, prefeito em primeiro mandato, é candidato natural a reeleição em 2016 pelo PSDB.

Quem
também terá ficado muito chateado, por não ter sido convidado a estar presente na visita, segundo a animada turma do botequim da vila, foi o presidente da Câmara Municipal, Nivaldo Batista de Oliveira (Tiquinho), que é virtual substituto de Pedro Callado no Executivo.
A eleição
de 2016 se aproxima sem demora. Cada um quer puxar a sardinha para o seu lado, com mais força quanto mais se envolvem pretensos concorrentes ao trono municipal. Aí é que o beiço estica mesmo, como de criança mimada que quer ganhar pirulito.

Na quarta-feira,
em entrevista a uma emissora de rádio, o prefeito Pedro Callado chorou as pitangas ao dizer que os deputados que tiveram excelente votação no município em 2012, citando Analice Fernandes (PSDB) e Rodrigo Garcia (DEM), até agora não deram retorno à votação que receberam. Parece mesmo que Jales está sem representante político que lute na reivindicação de recursos.
Nos últimos
anos, os gestores de Jales aceitaram pacificamente a intromissão de quem não vive dentro da política local, de quem que não tem os problemas do município em sua agenda de trabalho político. Foi um desperdício depositar votos para ajudar a eleger esses visitantes. Agora, não adianta chutar o balde. No máximo, eles vão trazer miçangas, fazendo-nos de índios. Se a tribo mantiver a aceitação, a colonização prosseguirá.

Os vereadores
petistas Luiz Rosalino e Pérola Cardoso apresentaram uma Moção de Aplausos ao deputado Itamar Borges por ele ter votado favorável no projeto do governador Alckmin que abre espaço para 140 municípios se tornarem de Interesse Turístico. Para Jales chegar lá, terá que enfrentar uma caminhada difícil, passar por um crivo rigoroso e superar centenas de concorrentes.

Como fica
a situação do prefeito Pedro Callado, que foi buscar apoio de um deputado estadual que teve apenas quatro votos em Jales? Pior, tendo reeleito sua deputada com mais de 10 mil sufrágios no município e até agora sem receber retorno. Caso o pleito junto ao deputado André do Prado seja atendido, Jales vai obter 200 casas populares, um investimento de mais de R$ 10 milhões. O deputado dos quatro votos é do PR (Partido da República) e sua base eleitoral é distante.

O Luiz,
assíduo leitor desta coluna, não esconde que votou no Fausto Pinato (PRB) para elegê-lo deputado federal. Aí, ele costuma lascar que o deputado natural de Fernandópolis "está fazendo mais por Jales do que os outros". Isto é, do que a turma que levou milhares de votos daqui.
 
Por onde
anda a ex-prefeita Nice Mistilides? Esta é a pergunta mais ouvida nos bastidores da política no município. Provavelmente, ainda não digeriu a sua cassação. Mas, certamente, ela está bem. Afinal de contas, políticos são assim mesmo: aparecem e desaparecem, conforme desejam. Inclusive quando estão em pleno exercício de seus mandatos.

Ainda faltam
uns 440 dias para o pleito de 2016. Mas as conversas sobre possível renovação no legislativo municipal começam a ser ouvidas. Apesar dos pesares e dos desmentidos do vereador cassado Macetão, a divulgação da tal fita deu uma balançada no eleitorado jalesense, que está ficando descrente com o legislativo. Mas a ingenuidade dos vereadores causa espanto. Eles não dão conta de fazer da Câmara uma caixa de ressonância da atividade política do município.

O prefeito
Pedro Callado esteve em São Paulo à caça de recursos para o município. Aproveitou um momento com o governador para convidá-lo a visitar Jales. Geraldo Alckmin (PSDB), nos últimos dois anos, já esteve em visita oficial a Santa Fé do Sul, Urânia, Fernandópolis e Votuporanga. Nem uma visitinha ao Jalão. É uma questão política que precisa ser resolvida, agora que o município é administrado por um tucano. Afinal, ambos são aves da mesma espécie.

Pela
condição que está a cidade de Jales, dá mesmo para acreditar que as finanças da Prefeitura estão no vermelhíssimo, ou pior, no roxo mesmo. É fácil ver pela cidade como falta um bom trabalho de tapa-buracos. Ruim de ver, péssimo de trafegar. Porém, há uma boa notícia chegando.

Na sessão
ordinária da segunda-feira, os vereadores vão votar um projeto de lei do Executivo que abre um crédito adicional – no valor de R$ 520 mil – para recapeamento asfáltico "de algumas ruas da cidade". Vamos repetir aqui: "felizes os moradores das vias que vão entrar ou já estão na lista de beneficiadas". A notícia é boa, não é?

Um grupo
de políticos ligados ao PMDB é de opinião que está na hora do partido voltar a caminhar com suas próprias pernas e não mais sentado na garupa de outros partidos. Só resta a esse grupo saber se os caciques peemedebistas vão permitir essa "independência".

Os vereadores
Gilberto Alexandre de Moraes, Jesus Martins Batista, Luís Fernando Rosalino, Pérola Cardoso e Rivail Rodrigues Júnior apresentaram na sessão ordinária de segunda-feira (4 de maio) um requerimento, solicitando do prefeito Pedro Callado informações sobre a quantidade de pratos servidos na merenda escolar aos alunos das escolas públicas de Jales.

Eles
alegam no pedido que pairam dúvidas no fornecimento de merenda escolar e que, no mandato da ex-prefeita Nice Mistilides, alguns requerimentos sobre o tema foram encaminhados, porém, tiveram respostas pouco convincentes. Eles esperam que o prefeito Callado os convença de que tudo está dentro dos conformes.

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