FOLHAGERAL, da redação

Já vai para quase um ano a visita a Jales da então candidata à reeleição, Dilma Rousseff. Naquela oportunidade, ela recebeu das mãos da então prefeita Nice Mistilides um ofício, pedindo e justificando a instalação de uma Universidade Federal em Jales. Na época, o pleito tinha muitas dificuldades a superar. Agora, nem dá para imaginar sua viabilidade.

Os gestores públicos precisam parar de contar com essas conquistas impossíveis. As utopias são sonhos que servem apenas de referência. Essencial mesmo é reivindicar o que é prático e traz muitos benefícios, aquilo que de fato é possível conquistar para o povo. Que tal começar a pensar num futuro Instituto Federal de Música de Jales?

Ao aceitar o convite para assumir o Núcleo Regional do CDHU em Rio Preto, que abrange 139 municípios das regiões de Rio Preto e Araçatuba, Flá Prandi abre a possibilidade de candidatura a deputado estadual, apesar do sonho do demista em se eleger prefeito de Jales. Vai ter que mostrar trabalho e bons resultados na administração do Núcleo e ainda estabelecer bons relacionamentos na jurisdição. Se quiser ser deputado ou prefeito.

Na semana passada, os vereadores Gilberto Alexandre de Moraes, Jesus Martins Batista, Luís Fernando Rosalino, Pérola Maria Fonseca Cardoso e Rivail Rodrigues Júnior solicitaram do prefeito Pedro Callado informar quem são os ocupantes de cargos de provimento em comissão, nomeados após a posse do tucano. A Constituição Municipal fixa exigências a serem atendidas por ocupantes de cargos em comissão na administração pública municipal. Por exemplo, veda a nomeação de cidadãos que tenham cometido atos ilícitos.

Há uma preocupação da parte dos vereadores, em vista de um dos assessores do prefeito Callado ter sido condenado em 1º grau por improbidade administrativa em ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual. Teria "havido fraude em uma licitação para obra", num município da região, da qual o assessor teria tomado parte.

O assessor teve negado, pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, provimento a recursos impetrados contra decisões da Justiça de Primeiro Grau. Várias outras pessoas foram condenadas no processo. Os recursos foram negados por Câmaras de Direto Público do TJ, que se constituem em Colegiado e mantiveram a sentença de Primeiro Grau. O assessor está recorrendo das decisões em instâncias superiores.

A Câmara de Vereadores está fazendo sua tarefa de fiscalizar o poder executivo. Aliás, se viesse agindo assim desde antigamente, muita coisa grave teria sido evitada. O prefeito Callado – experiente juiz de direito –, mesmo tendo razão, deve se prevenir de conflitos. Ele pode se reeleger e administrar o município por mais quatro Tem que usar bem o seu tempo.

Muitos dos eleitores do senador Aloysio Nunes Ferreira Filho (PSDB) só ficaram sabendo da sua recente presença em Jales quando a notícia circulou na rede social. O senador deu um pulinho na Santa Casa de Jales, no sábado, 16 de maio.

Na ocasião, Aloysio Nunes agradeceu a recepção que teve da irmandade da Santa Casa. Elogiou a gestão da instituição, que não possui dívidas. Fez questão de ressaltar o quanto todos são unidos pela instituição, pois é nítido ver a maneira correta como trabalham os administradores e servidores.

O Conselho da Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), reunido durante a realização da 13ª sessão ordinária, na terça-feira, 19 de maio, presidida pelo Conselheiro Antonio Roque Citadini, julgou o resultado da prestação de contas de repasse de recursos públicos pela Prefeitura Municipal de Jales à Associação dos Deficientes Físicos da Região de Jales (ADERJ), referente ao exercício de 2008, no valor de R$ 920.354,71. Decidiu como irregulares e fez severas recomendações.

A situação financeira da Prefeitura de Jales, como da maioria do país, está calamitosa e o prefeito Callado está fazendo das tripas o coração para conseguir recursos com o fim de melhorar o desempenho municipal. Vejam, só. A calçada ecológica na Avenida Francisco Jales, no trecho da Rua 6 com a Avenida João Amadeu, construída na gestão do petista Humberto Parini, está péssima, uma vergonha. Pede manutenção urgente.

Os dez vereadores jalesenses ingressaram com uma representação junto ao Ministério Público Federal. Suspeitam que os preços praticados pelos postos de revenda de combustíveis estejam alinhados de propósito, configurando a formação de um cartel para anular a livre concorrência e garantir boa margem de lucro.

Os vereadores cumprem sua missão de defender do povo. E não podem ficar nisto. Precisam também ocupar o grande vazio político existente no município. Se o poder executivo é menos amplo, com obrigação planejar políticas públicas e executar benefícios à comunidade, o poder legislativo é bem mais amplo. Tem que representar a comunidade toda, cobrar ações e fiscalizar o poder executivo, fazer política do sentido de tirar o melhor proveito das diferenças partidárias e das convergências ideológicas.

O prefeito Pedro Callado, acompanhado dos vereadores Gilberto Alexandre de Moraes e Fagner Nenê do Pet Shop, na semana passada, visitaram ruas e praças da cidade para verificar "in loco" os problemas existentes. Para o prefeito, as praças necessitam de reparos. Algumas estão abandonadas há anos. Pedro Callado afirmou: "Nossa população precisa de lugares adequados para passear com os filhos. Para isto, vamos elaborar projetos de revitalização a serem executados no tempo mais rápido possível". Belo gesto. Tem mesmo que encarar os problemas. É assim que se conquista o respeito da população.


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