Bonecos de Cera, por Adelvair David

 
A maneira como alguém conduz a sua vida pode resultar em um jeito artificial de ser.
Geralmente, os ambiciosos e não idealistas tendem a serem menos autênticos em relação a sua forma de se comportar com os seus demais.
O desejo de sucesso antecipado, o reconhecimento sem propósito algum, a consideração não conquistada, acaba por transformar em artificial o comportamento de quem quer lograr êxito a qualquer preço. Não tarda em difamar, mentir, desconsiderar, representar para que suas ideias incompletas e superficiais sejam vistas por todos e elogiadas, principalmente, pelos igualmente insensatos.
Somente a sabedoria verdadeira, conquistada nas lutas da vida, nas experiências profundas e na vivência dos bons sentimentos, podem fixar valores que sobrevivem para sempre. A falta de sabor em suas vidas e a indigestão moral que provocam pelo desrespeito com que, polidamente ou não, tratam aqueles com quem convivem ou se relacionam, afastam até mesmo aqueles que com eles se afinam, deixando empoeirada a superfície que recebeu o verniz e não tinha brilho próprio. Afirmou Jesus: "A cada um segundo as suas obras".
Estes são então os chamados "bonecos de cera", porque perderam a espontaneidade. É fácil aperceber-lhes o semblante árido, sem vida, o olhar calculado, as expressões puramente mecânicas pretendendo apenas impressionar e não amparar, consolar, auxiliar, conduzir, orientar e verdadeiramente amar.
É prudente aguardar que o tempo consolide através do bom trabalho o aprendizado que dará notícias reais de quem somos. Para o dito "boneco de cera", a vida reserva o encontro consigo mesmo, sempre doloroso, pela dificuldade depois em conviver intimamente com quem não se conhece, mergulhando, muita vez, em profunda solidão.
SE O OBJETIVO É CONSTRUIR A FELICIDADE NA VIDA, MELHOR É SER E NÃO

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