FOLHAGERAL, da redação


Em lugar impróprio

Dias destes, exercendo o seu direito, já que o sinal de trânsito o amparava, um motorista estacionou o veículo de entrega de mercadorias sob a proteção da placa. A placa de sinalização está fixada (faz anos) no poste da esquina da rua 12 com a avenida Francisco Jalles, justamente onde fica um Ponto de Táxi autorizado pela Prefeitura. Pois foi bem defronte ao Ponto de Táxi que o motorista parou o caminhão para fazer a entrega dos produtos, impedindo inclusive, por um bom tempo, que taxistas pudessem deixar o local para uma corrida. Esta é a segunda vez que a foto desta placa de sinalização é publicada
Por dever e competência, o Poder Executivo e mesmo os representantes do povo no Poder Legislativo precisam iniciar uma providência.

O secretário
municipal de Esportes, Cultura e Turismo – Ademir Molina – postou na rede social segunda-feira, 13 de abril, que o Estádio Municipal Roberto Valle Rollemberg voltará a ser o que era antes. Vai sediar jogos de equipes amadoras, inclusive de veteranos. Claro, isso não vai deixar de existir nos campos da Fepasa, do Paraíso, da Vila União e outros. Para incluir o estádio municipal, uma coisa é certa. Vai ser preciso um ótimo trabalho de organização do futebol municipal.
É só
falar que a Prefeitura deve vender o Estádio Municipal, logo aparece quem não se importa em ver novas possibilidades de progresso para a cidade de Jales. Felizmente ou infelizmente, o tempo fez o estádio municipal virar um Jurassic Park. Hoje, ele é um campo de futebol tradicional que ocupa uma extensa área num setor de grande desenvolvimento urbano e valorização. Sua manutenção é cara e deve fazer parte das responsabilidades da organização esportiva.
Uma
perguntinha básica a quem cancelou os Jogos Regionais em Jales, por falta de dinheiro. "Qual é o custo mensal de manter aquelas imensas benfeitorias em boas condições de uso?" Bem, a atual administração tucana deve levar isso em conta. Sem dúvida, o futebol amador é importante. Bem organizado, em nível municipal, pode incluir veteranos, adultos, jovens e crianças. Hoje, mulheres jogam e acompanham futebol. Mas é preciso abrir os olhos para várias possibilidades.
O município
de Jales tem consistência para dar uma pisada no acelerador do desenvolvimento turístico, apesar de haver vozes discordantes quanto essa possibilidade. O turismo, tanto urbano como rural, pode ser implementado com eventos programados e realizados de forma objetiva. Quem acha que não existe aqui gente criativa, com ideias viáveis e competência suficiente para realizar? Claro, existe. Pois isto também se aplica aos eventos esportivos, como o esporte amador.
Agora,
ficar de braços cruzados e olhos parados, enquanto o mundo em volta se movimenta animado, é muito ruim. É preciso achar só um pouquinho de coragem para dar início em alguma coisa nova. Jales vai pensar agora apenas no esporte amador, mas que não seja de forma amadora medíocre. O movimento esportivo numa cidade pode servir de vitrine, pode mostrar aos políticos que a população local está em condições de identificar discursos vazios.
O prefeito
Pedro Callado, tão logo assumiu o cargo, disse que iria fundir secretarias para diminuir gastos. Até agora, isso não aconteceu. Apenas deixou de nomear chefes de gabinetes. Quem administra as contas domésticas tem uma planilha mensal de despesas. Sem planilha, não há controle. Como está a planilha do prefeito? Não há outra solução. Tem que cortar desperdícios e pagar dívidas. Ele disse isso num repante, não há como diminuir secretarias.
A administração
municipal está realizando recapeamentos em algumas ruas da cidade que estão em péssimas condições de tráfego. Que o espírito da Benevolência faça com que o prefeito se lembre de uma única e modesta rua no IV Centenário, onde vegetam pacatos cidadãos esquecidos pelos gestores que ocuparam o Paço Municipal na última década e meia.
Se
alguém não tomar uma providência urgente com relação ao viaduto Antonio Amaro, logo ele poderá virar uma gelatina, mesmo com a possível proibição de tráfego de veículos pesados sobre ele. Não é fazer mau agouro.
No dia
17 de fevereiro de 2016 – ano eleitoral – os jalesenses não poderão deixar de ir às ruas para se manifestarem contra a corrupção. Só para lembrar. Corrupção é aquela roubalheira de dinheiro público que faz tudo entrar em crise e obriga o povo a repor do próprio bolso.
Semana passada,
6 de abril (segunda-feira), por unanimidade, os vereadores aprovaram projeto de lei instituindo no município de Jales o "Dia Municipal de Combate à Corrupção", a ser comemorado no dia 17 de fevereiro de cada ano. Autor do projeto: vereador Tiago Abra.
Neste mês
de abril, o Governo do Estado repassou aos cofres municipais a importância de R$ 1.134.694,68 referente ao IPVA. Este valor e os repassados nos meses de janeiro (R$ 3.148.524,54) e fevereiro (R$ 1.327.611,63) totalizam R$ 5.610.830,85. Boa grana a mais na receita municipal.
Em 24 de abril
é comemorado o "Dia Internacional da Conscientização sobre o Ruído", uma data importante para refletirmos sobre a agitação e o barulho alto que cada vez mais nos afetam. A agitação barulhenta sem controle reduz a capacidade auditiva.
O silêncio
é um ilustre desconhecido, não só nas capitais e metrópoles, mas hoje também nas grandes, médias e pequenas cidades do interior do país. Perturbar o sossego é crime previsto em lei federal. Tem gente que abusa por simples egoísmo.
As raposas
lá do botequim da vila, entre bons goles, não entenderam como a então prefeita Nice Mistilides assumiu para júbilo de lojistas e comerciantes – a realização dos Jogos Regionais após a desistência de Ilha Solteira.
Já que
as finanças da Prefeitura estão em frangalhos há um bom tempo, como deixou claro o prefeito Pedro Callado, alegando falta de recursos (o Estado repassaria R$ 700 mil e R$ 140 mil ficaria por conta do Município), desistiu de sediar o Jogos Regionais. A ex-prefeita Nice foi induzida ou assumiu o risco por conta própria?

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