Os erros alheios, por Adelvair David

 
Os enganos dos outros em relação ao que se espera deles tem transtornado significativamente o coração do homem.

É grande aprendizado saber conviver com este problema que atinge até as relações mais sólidas e afetivas. Não sendo perfeito, o ser humano pode descer aos mais estranhos comportamentos, indo da mentira a ingratidão e ainda resvalando em outros mais preocupantes.

Quando se trata de afetos mais próximos a marca dolorosa é mais acentuada e deixa, muita vez, impressões de difícil esquecimento. A expectativa que se cria em torno dos comportamentos é a responsável pelo que se experimenta diante dos anseios frustrados. Confortavelmente instalado na poltrona da confiança, esquece-se o homem que o que vai na natureza alheia não é do seu conhecimento, só Deus o sabe. Nem mesmo a pessoa tem informação integral de si mesma, podendo ver frustrada a melhor providência traçada para a condução da sua vida.

Assim como o criador releva as nossas faltas, devemos fazer o mesmo em relação aos que a vida colocar no nosso caminho, sejam próximos ou passageiros.

Ninguém é feliz ou infeliz pelo que recebe, mas pelos bons sentimentos que construir em sua própria natureza, fazendo o bem aos demais. A segurança, a alegria de viver, a esperança e a paz, não nascem estando o homem devidamente instalado na vida do semelhante recebendo tudo o que deseja. O bem recebido é transitório, somente o que produzimos por nós mesmos é perene, eterno.

É necessário passarmos de exigentes a doadores. Quando doamos afeto, compreensão, tolerância, perdão, ternura, doçura, afabilidade, nos enchemos de força para os enfrentamentos que precisamos fazer, assim, passamos a nos alegrar com a presença das pessoas, mas sem depender do vem de um ou de outro para mantermo-nos em paz e seguros na caminhada, ao contrário, sempre desejosos de promover o bem estar de todos, ficando em paz também.

Na normalidade comentemos os feitos felizes dos outros, nos seus erros façamos silêncio aconchegando-os junto ao coração para que se sintam amparados para recomeçar, como desejaríamos que fizessem por nós quando certamente acontecer.


O FOCO DO ERRO HUMILHA, A COMPREENSÃO TRAZ NOVAS LUZES NA ESTRADA.

Comentários