Chico Xavier

 
Pergunta – Antes de Emmanuel, algum companheiro encarnado teria anunciado a você o serviço das obras mediúnicas?
Chico Xavier – A única pessoa, entre os nossos irmãos encarnados, que me avisou sobre isso foi a nossa irmã D. Carmen Pena Perácio, a médium abnegada que me orientou os passos iniciais na Doutrina Espírita.
Lembro-me de que na reunião da noite de 18 de Janeiro de 1929, numa sexta-feira, no "Centro Espírita Luiz Gonzaga", em Pedro Leopoldo, findas as atividades da sessão evangélica, ela me disse ter visto um quadro espiritual, mentalizado por um espírito benfeitor de nossa casa. Afirmou nossa irmã que vira muitos livros em torno de mim, trazidos por amigos desencarnados.
Eu não tinha qualquer pensamento a respeito do assunto e, não tendo ouvido bem a palavra "livros", protestei alegando que eu não merecia, de modo nenhum, que os espíritos protetores me trouxessem "lírios". Julguei que ela se referia a essas flores.
Os presentes riram-se fraternalmente, diante de minha surpresa e ela explicou que se tratava de "livros". O incidente de minha incompreensão marcou o aviso, a tal ponto, que D. Ornélia Gomes de Paula, nossa companheira de ideal espírita em Pedro Leopoldo, então presente à reunião, anotou a data do aviso de nossa irmã D. Carmen e me deu essa nota, por escrito, quando saiu o "Parnaso de Além-Túmulo", em 1932.
Esta coluna tem o patrocínio e responsabilidade da  "Associação Espírita "Chico Xavier" de Jales.
 

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