A ilusão e o exercício da maldade, por Adelvair David

 
Entre os enganos humanos podemos destacar a ilusão como sendo um verdadeiro torpor dos sentimentos. É um estado de ebriedade da alma, verdadeiro vício que torna a criatura dependente e insana na maioria das vezes.
O poder, por exemplo, é um tipo de ilusão que pode acometer geralmente os ambiciosos, que o querem apenas pelo prazer de desfrutá-lo, sem qualquer compromisso com a seriedade, com a verdade ou com a dignidade, exigências muito próprias para quem tem mesmo vocação para servir.
Ostentar a posição que ocupa é o desejo deste tipo de ilusão. O culto a si mesmo torna a pessoa sem qualquer respeito pelo dinheiro, pela vida ou pela situação do seu semelhante e, se preciso for, não tarda em prejudicar aqueles que não participa das suas prevenções, e elege como seus inimigos os mais dignos, os que desejam cumprir os preceitos da ética e da moral.
Amealha tiranos para sua simpatia e os coloca para deslocar, ferir ou magoar a todos. Não se preocupa com o móvel que o levou à posição que ocupa e passa a não ser tão honesto quanto se dizia ser e a cometer os mesmos delitos antes denunciados pelo seu palavrório, agora sem qualquer significação.
Façam o que fizerem, dia virá em que os iludidos desta espécie serão reconduzidos aos seus verdadeiros lugares, o de aprendizes da vida, de onde deverão observar os males que praticaram assumindo moralmente, emocionalmente e fisicamente as consequências que chegam de toda parte, exigindo agora a devolução e reparação necessária.
Sempre teremos o iludido por ignorância, que faz o que faz por puro desconhecimento da verdade, mas, a este, não se pode imputar males maiores, bastam os primeiros arranhões e logo percebe o equívoco do caminho errôneo retificando a estrada. O problema mesmo são os iludidos pelo exercício da maldade, da loucura moral, estes sim, não terão como desculpa a argumentação de que não sabiam. Muitos ditadores, controladores sociais inescrupulosos ou almas indignas, voltam à Terra em situação de resgate complicado e doloroso.
Disse o meigo Senhor: "a cada um segundo as suas obras", e ainda: "quem ferir pela espada por ela será ferido". Asseveram os espíritos venerandos que, "a lei divina seja misericordiosa, mas não é cega".

Viver verdadeiramente e amorosamente a vida é uma forma de desiludir-se, apagando a ambição para que o idealismo superior surja como uma alavanca de luz a impulsionar o "ser" para seu destino feliz, que é o de aprender a amar como "Ele" nos amou, sem prejudicar a ninguém.
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