Editorial: Próspero 2015

O ano recém-passado de 2014, nas análises ligeiras próprias do momento, não foi um ano bom. No Brasil e no mundo, é provável que nenhum fato de grande relevância vá marcar o ano de 2014 de modo positivo ou negativo. O ano teve seu trajeto natural, com acontecimentos importantes, mas ficou abaixo das expectativas. A política e a economia conservaram suas contradições, enfrentando instabilidades sem soluções práticas. As relações internacionais e a convivência social nos países reproduziram cenas de intolerância e agressividade. No Brasil, as eleições de 2014 foram importantes pela concorrência aos mais importantes cargos executivos e legislativos do país e pela resposta esperada pelo povo às suas reivindicações. Os partidos da situação e da oposição agiram de forma tradicional, instruídos por seus marqueteiros na direção dos seus interesses particulares. Porém, visto no seu todo, o ano de 2014 valeu pela experiência. O povo brasileiro teve que lançar um olhar mais crítico em todas as direções, evitando aceitar gato por lebre.

Na microrregião de Jales (23 municípios com 150 mil habitantes), a avaliação de 2014 também fica abaixo das expectativas. Não foi um ano perdido, mas a população esperava mais dos prefeitos e vereadores em segundo ano de mandato. Em muitos casos, é fácil ver que o sistema político é viciado e o sistema administrativo é arcaico. Apesar do empenho de prefeitos e vereadores por seus municípios, a política partidária atrapalha, a legislação complica, a burocracia amarra. A política e a sociedade acabam por caminhar separadas.

O que dizer de 2015? Apesar dos votos de Feliz Ano Novo, os economistas dizem que 2015 será um ano difícil. Alguns deles afirmam que será horrível, porque o governo torrou bilhões em 2014 e fechou o ano no vermelho. Todos concordam com as medidas de austeridade que a nova equipe econômica anuncia. O povo vai ter menos benefícios sociais, vai pagar mais impostos, vai sofrer mais inflação. A expectativa geral é de um ano ruim. Porém, será um ano próspero para dois tipos de gente: os ricos e os espertos (inteligentes).

Os ricos têm como ganhar dinheiro sempre, mesmo nos tempos de crise. Quem não é rico, mas se preparou para pagar os encargos deste início de ano (IPVA, DPVAT, IPTU, seguros e outros) entra tranqüilo no ano novo. Pode ter economizado e guardado dinheiro vivo em casa (dentro de uma lata ou debaixo do colchão). Ou pode ter guardado numa caderneta de poupança. São maneiras simples que os espertos (inteligentes) utilizam para ficar longe das crises. Quem não se preparou, aproveite para aprender a ser esperto em 2015.

Não depender de cheque especial e cartão de crédito – que geram preocupações e custos altos – também abre possibilidades de boas compras a vista durante o ano. Elaborar um novo cardápio, mais saudável e mais barato, é outra boa medida. Planejar o uso do automóvel para evitar circulações desnecessárias evita gastos significativos. Aprender algo novo aumenta o grau de confiança nas decisões. Pensar e agir positivamente, como se vê, afasta a perspectiva de um ano novo ruim e faz brotar a prosperidade.

A Folha Noroeste deseja aos seus leitores que o Ano Novo de 2015 seja rico de experiências edificantes, que a Paz, o Amor, a Alegria e a Prosperidade resultem do esforço de cada um na luta pelo autodesenvolvimento e pelo bem de todos. Que o Mestre Jesus nos proteja e ilumine o nosso caminho.

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