Habitação: Favelas e o contraste social, por Por Laura Silva Costa e Silvio Paula Ribeiro

No mundo, há centenas de milhares de pessoas desabrigadas, à míngua de ações do governo. Países do Terceiro Mundo são ‘"casas" daqueles que não possuem estrutura para viver ou sobreviver dignamente. Muitas dessas pessoas não têm escolha, e optam por ocupar terrenos.
Ocupações são a primeira etapa para as chamadas favelas, que compõem o cenário das grandes cidades, em especial. Os sem-teto ocupam terrenos, prédios vazios ou abandonados e começam assim a construção de suas moradias sem auxílio governamental e de forma ilegal, o que favorece o não desenvolvimento, de forma geral, da região.
A população dessas favelas muitas vezes não possui acesso a educação e saúde de qualidade, de que derivam alguns índices elevados, como os de violência, tráfico de drogas, entre outros, agravando ainda mais os problemas sociais do país. Essa parte da população acaba sendo prejudicada pelas más condições de suporte oferecidas pelos seus governantes. Nos grandes centros urbanos, essa situação é mais nítida, pois concentram a maior parte da população moradora das favelas. Com o crescimento populacional, caso não ocorram projetos de melhoria de moradia, esses índices só tendem a aumentar.
Outro grande problema que as favelas podem gerar são os já bem frequentes incêndios. Tais incêndios são de grandes proporções, atingindo o comércio, indústrias e seus arredores. Consequentemente, mais pessoas ficam desalojadas e feridas, aumentando o número de cidadãos que procuram os postos de saúde, os quais, por sua vez, não possuem infraestrutura adequada para receber o povo.
Filas nos hospitais também são consequência da falta de saneamento básico nos locais onde a maioria da população se aloja. Crianças se contaminam na rua e levam pra dentro de suas casas doenças, e os pais dessas crianças, por não possuírem renda suficiente para oferecer aos seus filhos melhores condições de vida, são obrigados a procurar assistência da prefeitura de sua região, que também não possui suporte adequado para atender esses pacientes. Forma-se aí outro grande problema social a que governantes não conseguem encontrar uma solução rápida e eficaz, causando caos em postos de saúde e hospitais.
Problema relativamente menor – porque sazonal –, mas não menos importante, é o caso de pessoas desalojadas por desastres naturais, a quem a Defesa Civil abriga por um período de tempo, mas não tem poderes para solucionar.
Nesse cenário, algumas atitudes devem ser tomadas para amparar famílias temporariamente desalojadas/desabrigadas ou moradoras em comunidades. Uma delas são projetos de moradia àqueles que possuem baixa renda e geração de emprego e, sobretudo, oferta de educação de qualidade para crianças, jovens e adultos. Também devem ser criados, implantados e executados planos de conscientização em saúde nas escolas, especialmente para que crianças cresçam com a cultura de uma boa higienização. Essa ação previne leitos de hospitais lotados e reduz a mortalidade infantil.
Vale ressaltar que atualmente existem alguns programas sociais do governo federal, como o Bolsa Família, alvo de duras críticas nos últimos dias, mas responsável por atender milhões de brasileiros. Conforme informações do governo federal, o Programa vem contribuindo efetivamente para a melhoria da vida de aproximadamente 16 milhões de brasileiros em situação de pobreza. O governo disponibiliza outros programas também, como O Pronaf - Financiamento agrícola e o Minha Casa Minha Vida, com o propósito de financiar moradia para as pessoas de baixa renda.
Laura Silva Costa: Acadêmica do curso de Administração da UFMS - Campus de Três Lagoas/MS. e-mail: lauras_costa@hotmail.com
Silvio Paula Ribeiro: Professor e coordenador do curso de Ciências Contábeis da UFMS - Campus de Três Lagoas/MS. E-mail: spribeiro@hotmail.com

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