Chico Xavier


Pergunta – Como o senhor vê a aplicação da pena de morte, por qualquer que seja o motivo, em qualquer parte do mundo?
Chico Xavier  – Nosso Emmanuel, que está presente, nos pede considerar, na condição de cristãos, a Parábola do Bom Samaritano, um ensinamento antigo, mas que  porta uma nota de profunda significação. É que, dentro da Parábola, existem as qualificações, menos uma: um homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu em poder de malfeitores que o feriram e o deixaram sem qualquer comiseração. Em seguida, passou um religioso, que o viu e seguiu adiante. Depois veio um levita, que o viu também e passou adiante. Em seguida, veio um samaritano, considerado homem até mesmo sem qualificação religiosa, mas era um samaritano e fez ali o papel da caridade, do amor que devemos uns aos outros. 
Após, aparece um hospedeiro. Todos os que apareceram foram qualificados pelo Senhor, menos a vítima: a vítima era um homem. E o homem, seja quem seja, merece o nosso respeito. 
Os que estão nas prisões, por crimes catalogados em nosso Código Penal, são doentes, para os quais, naturalmente, a Justiça exerce a função de Medicina Espiritual. Cada sentença é uma cirurgia no corpo espiritual daquele que necessitou da segregação para ser convenientemente tratado.
Mas, nós somos cristãos e não podemos permitir que ninguém morra em nome da Justiça. A pena de morte é alguma coisa que merece a nossa oração, pelos nossos magistrados para que eles não percam a alma cristã, o coração, que lutamos tanto para edificar. 
Aqueles que estão considerados fora da lei são doentes que a Justiça saberá tratar, para devolver ao equilíbrio e à normalidade
Esta coluna tem o patrocínio e responsabilidade da  “Associação Espírita “Chico Xavier” de Jales.

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