Reforma política e corrupção, por Célio Pezza


As reformas políticas necessárias ao Brasil vêm sendo discutidas há mais de 15 anos sem que a classe política chegue a um final. Isso porque não interessa ao político brasileiro uma reforma que possa dar um fim ao regime contraditório atual. Vejamos alguns itens dessa reforma:
Quantidade de partidos: Existem, atualmente, no Brasil 32 partidos registrados no TSE. Essa quantidade só serve para confundir o eleitor e fazer conchavos entre os partidos. No Japão, por exemplo, temos 03 partidos, na Suécia temos 07, no Canadá temos 05, na Itália tempos 08, na Alemanha temos 06 que fazem parte da Assembleia Parlamentar e mais 06 minoritários, nos EUA temos 02 maiores (Democratas e Republicanos) e mais 04 que concorrem para a Presidência, e assim por diante. Aqui, temos 32! Se perguntarmos a um candidato qualquer, duvido que ele saiba o nome de todos e quem é seu Presidente Nacional. O problema começa aí, na quantidade de partidos.
Continuando, temos o problema dos financiamentos das campanhas, que atualmente podem ser por recursos públicos e privados através de doações. Ora, uma doação de uma empresa significa corrupção, pois, no futuro, o dinheiro investido terá que retornar com muitas vantagens. O correto seria não mais ser permitido o uso de dinheiro de terceiros para as campanhas.
Fim do voto proporcional e implantação do voto distrital, onde o eleitor conhece o candidato. Os políticos que não querem o voto distrital são exatamente aqueles que não querem prestar contas à população.
Fim do foro privilegiado para políticos, pois, hoje, quando um político rouba do povo, entra numa fila enorme de julgamentos nos Tribunais Superiores (foro privilegiado) e acaba nem sendo julgado. Hoje, a média de julgamentos não chega a 5%. O resultado é que o político ladrão acaba saindo impune. Eles se acham como os reis de antigamente, onde nada acontecia contra eles.

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