Chocolate: deixa de ser vilão e benefícios são apontados por pesquisas

Pesquisas indicam que sete entre 10 brasileiros consomem chocolate. Essa estatística aumenta até 25% em ocasiões como Páscoa, Inverno, Dia dos Namorados e Natal. 
Segundo a nutricionista do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) Gislene Malta, há diferentes tipos de chocolate e cada um com efeito peculiar.
– Chocolate branco - não tem cacau na sua composição e tem mais açúcar e gordura.
– Chocolate ao leite - é o preferido do consumidor, tem alguma quantidade de cacau, leite e açúcar.
– Chocolate meio amargo - possui entre 40 e 55% de cacau, pouca quantidade de manteiga de cacau e açúcar.
· – Chocolate negro ou amargo - é o que tem mais cacau, entre 60 e 85%, menos açúcar e gordura.
"Pode-se presumir que o mais indicado é o que apresenta maior quantidade de cacau, porque ele é o responsável pelos benefícios atribuídos ao alimento. Contém alto teor de flavonóides e antioxidantes, que reduzem riscos de doenças cardiovasculares", afirma Gislene. 
Segundo a profissional, o chocolate também possui substâncias bioativas, além dos flavonóides, e a sinergia desses componentes podem ser responsáveis pelos benefícios observados. 
"O consumo diário do chocolate amargo, por exemplo, reduz a pressão arterial e o colesterol, o que previne a doença cardiovascular", ressalta.
Recentemente, pesquisam deram uma reviravolta na questão do consumo do chocolate. A revista americana "Archives of Internal Medicine" publicou um estudo com 1.081 pessoas de 20 a 85 anos que consumiam o produto regularmente e, apesar de não seguirem dieta alimentar, mantinham os índices de massa corpórea sem aumento de peso. 
A nutricionista citou ainda um artigo publicado em 2013 no "Journal of Psychopharmacology" que atribui ao chocolate à sensação de prazer e bem-estar. 
"Embora seja um dado empírico, os compostos polifenóis têm uma afinidade aos receptores do humor, significando que sua ingestão pode iniciar um efeito calmante".
No caso dos portadores de diabetes, a profissional recomenda o consumo do chocolate diet, composto por pasta e manteiga de cacau, leite em pó, sorbitol e adoçante (usados em substituição ao açúcar). 
Contudo, o valor calórico é maior porque há mais gordura em sua composição. Também cita os chocolates a base de soja para intolerantes à proteína de leite e/ou lactose.
"É preciso ressaltar que, apesar dos benefícios citados, o chocolate deve ser consumido com moderação por qualquer pessoa. Não se deve ultrapassar os 30 gramas por dia, pois é um alimento com alto teor de gordura", adverte Gislene.

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