Redes sociais: precauções e limites

Por Luciana Medeiros; Sergio Braga e Marçal Rizzo

A sociedade do século XXI apresenta uma dependência muito forte da comunicação e da informação, o que não exclui a necessidade de tais ferramentas. Para termos acesso à rede, para nos conectarmos, utilizamo-nos de vários instrumentos, inclusive das redes sociais, que facilitam a comunicação (para o bem ou para o mal),através da exposição de fotos, textos, músicas, vídeos e arquivos diversos para outros usuários que façam parte da mesma rede.

Interagir socialmente talvez seja o aspecto mais importante da vida humana, contudo, os adolescentes acabam sendo os usuários mais assíduos da internet, praticando a comunicação interpessoal virtual.

Como se vê, a realidade de hoje é que as crianças já nascem em um mundo inundado por novas tecnologias e têm nelas um importante instrumento de socialização. Porém, cabe um questionamento aqui: Será que o uso das redes sociais não está se tornando cada vez mais abusivo e ultrapassando os limites da vida privada? A resposta para tal questionamento nos faz refletir. Ao contrário do que possa parecer, as redes sociais mais especificamente o Facebook, não são tão inofensivas assim.

Redes assim cada vez mais tem se mostrado um campo minado e tema de grande preocupação. Nelas, as pessoas se preocupam com a opinião dos outros, com a quantidade de curtidas e comentários e, claro, fazem de tudo para mostrar que são felizes. Outros postam onde estão situados em tempo real, lugares que costumam frequentar e as atividades realizadas diariamente. Onde fica a privacidade de cada um? Será que a privacidade está se tornando algo em extinção?.

Existem ainda, pessoas que postam fatos incabíveis de serem apresentados publicamente. O fato é que boa parte dessas pessoas vive num mundo ilusório, não se preocupam com os riscos de expor sua vida na web e, para elas, tudo parece tão natural a ponto de certificarem-se de que limite é coisa do passado. Na realidade, intimidades, atitudes, comportamentos e afetos deveriam ser mais preservados.

Como sociedade, e também como família, necessitamos refletir sobre os ganhos e os possíveis prejuízos decorrentes dessas novas possibilidades de nos relacionarmos na web. Na verdade ninguém precisa modificar os padrões éticos e morais. Temos que aplicar os critérios do antigo bom senso para o uso das novas tecnologias.

Voltando para o Facebook, vale registrar que está se tornando comum e insuportável ver o uso do mesmo em qualquer atividade do cotidiano até durante as refeições ou na prática de atividades físicas. Milhares de pessoas vêm dividindo suas atenções entre as teclas, a tela e as garfadas, ou então, cada passo da caminhada é uma olhada na tela. Parece brincadeira, mas é muito sério e triste!

Enfim, o uso sem comedimento vem ocorrendo para todo mundo ver. Muitos estão viciados em tecnologia e redes sociais. Entretanto, paira um silêncio constrangedor sobre esse fato, por parecer retrógrado questionar o uso das novas tecnologias e redes sociais. Use, mas use com moderação!

*Luciana Medeiros Graça, acadêmica do Curso de Administração Pública da UFAL – Câmpus de Arapiraca. e-mail:  lucy-103@hotmail.com

*Sergio Silva Braga Junior, professor do Curso de Administração da UNESP – Câmpus de Tupã. e-mail: sergio@tupa.unesp.br

*Marçal Rogério Rizzo, professor do Curso de Administração da UFMS – Câmpus de Três Lagoas.e-mail marcalprofessor@yahoo.com.br



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