Hábito e a consciência

Adelvair David

Qualquer pessoa pode apresentar-se entre os seus carregando representações e brilho, sem nada possuir.

O verdadeiro mérito, aquele que faz eco na alma é o da autoridade que provém da moral e a ninguém pode ser conferido ou concedido, apenas conquistado.

Há que se perguntar ao homem o que ele faz com suas crenças e profissões de fé. Como viver com a ideia de Deus, como ensinou Jesus mantendo comportamento odiento e maldoso para com o seu semelhante.

Uns dizem que trabalham em nome de Deus, outros que falam em nome d‘Ele e ainda muitos dizem que governam em seu santo nome, porém, quando analisadas as atitudes que deveriam estar emolduradas pelos sentimentos que representam o Pai celestial, não encontramos nada mais do que os mesquinhos comportamentos de todos os tempos, confirmando a inferioridade moral em que ainda se compraz a humanidade.

Muitos espíritos retornaram ao orbe terrestre com o compromisso de servir, de auxiliar, de procurar amar. Enquanto seguem no relativo anonimato que não lhes permita brilho maior, caminham quase no roteiro da busca iluminativa; são mais ou menos humildes e se prestam a compartilhar mais suas forças de forma singela, porém, quando de alguma forma, recebem uma atribuição que os difere um pouco dos seus irmãos revelam a sua verdadeira natureza; o compromisso é logo esquecido e o homem velho de um passado não tão antigo assim toma forma na natureza da pessoa que passa a fazer tudo aquilo que não deveria.

Os hábitos negativos, arraigados, necessitam do homem muito mais que apenas promessas de melhoria. Somente com um esforço hercúleo conseguirá colocar em prática as atitudes nobres que deverão moldar-lhe um novo caráter e, para isto, não basta apenas querer, é preciso dedicação e compromisso consigo mesmo e com o semelhante, onde de forma alguma se permitirá, pelo menos conscientemente, fazer algo que lhe possa trazer prejuízo material, moral ou espiritual.

A consciência é um guia que adverte constantemente. Quem não mudar pelos apelos que dela recebe, mudará pelos da dor que a todos invade no momento e hora certa, chamando a criatura à sua devida modificação.

Com a brandura espalhamos o amor à nossa volta e atraímos colaboradores e forças novas para prosseguir sempre, com a dureza espalhamos constrangimento, ferimos e desnorteamos os outros, atraindo os desonestos que nos causarão muitas contrariedades.

HÁBITOS DE DOÇURA E BONDADE FORTALECEM E MANTEM A CONSCIÊNCIA ATIVA, QUE PERMANECERÁ SEMPRE LÚCIDA.

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