Doença arterial carotídea pode levar a AVC

A doença arterial carotídea ocorre quando há um estreitamento das artérias do pescoço, ou artérias carótidas, que levam oxigênio para o cérebro através do sangue. Como resultado do acúmulo de colesterol, cálcio e tecido fibroso no interior das artérias, forma-se uma placa de substâncias que se acumulam no local e obstruem total ou parcialmente o fluxo de sangue nas artérias carótidas, podendo causar um acidente vascular cerebral (AVC).

"Às vezes, uma parte desta placa pode se destacar e viajar pelo fluxo sanguíneo até alojar-se numa artéria do cérebro e, se bloquear o sangue, também pode causa derrame" alerta o médico Luiz Marcelo Aiello Viarengo, especialista em angiologia e cirurgia vascular.

A doença arterial carotídea não apresenta sintomas nos estágios iniciais. Muitas vezes, sua primeira manifestação é um derrame. Mas há sintomas que alertam para o risco de um ataque isquêmico transitório (um tipo específico de AVC), como formigamento ou incapacidade de controlar os movimentos de um dos braços ou pernas, perda temporária ou embaralhamento da visão em apenas um olho. "Estes sintomas geralmente ocorrem por alguns minutos ou desaparecem em até 24 horas, mas não devem ser ignorados; caso ocorram, procure um médico imediatamente", alerta Viarengo.

A doença é mais comum em pacientes idosos, especialmente aqueles que tem acima de 60 anos, mas outros fatores de risco incluem diabetes, fumo, sedentarismo, colesterol alto, hipertensão e histórico familiar. Segundo o angiologista, "parar de fumar é a mudança mais importante para evitar a doença, mas fazer exercícios regularmente e manter uma dieta balanceada também ajudam a evitar o acúmulo de substâncias danosas nas artérias".

Dependendo do grau de severidade da doença e da presença ou não de sintomas, a solução pode variar desde um tratamento clínico - que inclui mudança de estilo de vida, medicações e controle dos fatores de risco - até a necessidade de uma cirurgia. Viarengo afirma que o tratamento cirúrgico é indicado para os pacientes que já tem histórico de derrames ou artérias gravemente obstruídas e também pode ser feito de duas formas. "A cirurgia mais comum é a endarterectomia, que consiste em remover a placa que está bloqueando a artéria, através de uma incisão no pescoço", explica.  Já os pacientes que apresentam alto risco de complicações durante esta cirurgia, também é possível fazer uma angioplastia com stent, procedimento que utiliza diversos balões e stents para desobstruir as artérias através da técnica endovascular. Luiz Marcelo Aiello Viarengo – CRM 73413, Doutor em Cirurgia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, possui título de Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). Além disso, é especialista em  Ecografia Vascular  com Doppler pela SBACV e Colégio Brasileiro de Radiologia. Com residência Médica em Cirurgia Geral e Cirurgia Vascular pelo HSPE- IAMSPE  SP, possui também Habilitação em Cirurgia a Laser pelo Middlesex Hospital, de Londres.  É membro Efetivo da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular), da International Society for Cardiovascular Surgery e da Assossiación Cirujanos Vasculares de Habla Hispana.

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