Sustentabilidade

Reginaldo Villazón
O assunto aquecimento global permanece em alta evidência, embora ainda gere dúvidas e divergências entre os cientistas, governantes, empresários, ambientalistas e outros grupos sociais. É um assunto importante porque está relacionado com o aumento da temperatura no planeta, o derretimento das calotas polares, a submersão de cidades litorâneas, o crescimento de desertos, o aumento de ciclones e tornados.
No mês passado (23 a 26 setembro 2013), em Estocolmo, na Suécia, estiveram reunidos representantes de 195 países para discutir um relatório sobre mudanças climáticas, elaborado por cientistas de grande prestígio. O relatório aponta que as mudanças avançam e que, desta vez, há 95% de certeza de que elas são influenciadas pelas atividades humanas. E afirma que as pessoas dos centros urbanos vão sentir com intensidade seus efeitos.
Até os cientistas de oposição, que apresentam dados para negar a influência das atividades humanas nas mudanças climáticas, concordam que o homem provoca muitos impactos ambientais e precisa tomar providências urgentes em favor do meio ambiente. Ou seja, ainda que as mudanças climáticas sejam totalmente naturais (sem influência humana), é preciso cuidar do meio ambiente para sustentar e proteger a vida no planeta.
Dois exemplos da intervenção humana na natureza, com efeitos negativos, é o desmatamento e a urbanização desregrados. No campo, destrói a biodiversidade, empobrece as terras agricultáveis, assoreia rios e lagos, extingue nascentes e córregos, reduz as reservas de água subterrânea. Na cidade, aumenta a variação de temperatura, multiplica pragas (ratos, baratas, mosquitos, escorpiões e outros) e favorece surtos de doenças.
Um caso de grande relevância acontece com a apicultura mundial. Numa província do sul da China, na década de 1980, as abelhas desapareceram devido ao uso descontrolado de produtos agrotóxicos. Os agricultores, para se manterem na produção de frutas, tiveram que polinizar manualmente milhões de flores, num trabalho minucioso e cansativo. Mas isso foi apenas o começo do que iria acontecer no mundo anos depois.
Em 2006, nos Estados Unidos, um apicultor encontrou mais da metade das suas três mil colméias completamente vazias. Ao se comunicar com outros apicultores, soube que muitos deles também tiveram desaparecimento de colônias de abelhas. Em 2007, foram estimadas perdas de 800 mil colônias de abelhas no país. Em 2008, de um milhão. As perdas passaram a acontecer também no Canadá, Europa, China, Austrália, Brasil e outras regiões.
Diante de prejuízos vultosos, apicultores e agricultores pressionaram seus governos para investigar o caso e encontrar solução. Hoje, há consenso entre os pesquisadores que as abelhas morrem fora das colméias por conta de fatores ambientais: a deterioração ecológica e a contaminação da natureza por resíduos agrotóxicos. Assim, não há uma resposta técnica para resolver o problema. A solução está nos cuidados com o meio ambiente.
Fica claro que as ações ambientais são necessárias no campo e na cidade. Nos sítios e fazendas, vias e espaços públicos, imóveis

Comentários