Preservando o patrimônio cultural paulista

por Marcelo Mattos

O Governador Geraldo Alckmin anunciou este mês o investimento de R$ 22 milhões no restauro dos edifícios que sediam cinco Oficinas Culturais do Estado de São Paulo, nas cidades de São Paulo (bairro do Brás); Santos, Sorocaba, Iguape e Bauru. Quatro desses edifícios são tombados pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) e, portanto, são oficialmente reconhecidos como parte da riqueza cultural paulista.
Os restauros vão beneficiar a Cadeia Velha de Santos, um dos edifícios coloniais mais antigos e importantes da cidade; a Oficina Cultural Amácio Mazzaropi, no Brás, na Capital, um dos exemplares das escolas da Primeira República; o antigo Fórum de Sorocaba; além do casarão colonial do final do século XIX construído para abrigar a Velha Cadeia de Iguape. Ao investir na preservação destes imóveis, o Governo do Estado de São Paulo está garantindo para futuras gerações de paulistas o contato direto com uma parte de nossa história e de nossa identidade cultural.
Essa preocupação tem sido uma constante na gestão do Governador Geraldo Alckmin, que já promoveu o restauro do Museu de Arte Sacra; da antiga sede do Detran, que hoje abriga o Museu de Arte Contemporânea da USP; do Museu Casa de Portinari, em Brodowski, em restauro neste momento; e do antigo Fórum de Botucatu, que está sendo reformado em parceria com a Prefeitura para abrigar a primeira unidade da Pinacoteca do Estado de São Paulo no interior.
Também em parceria com os municípios faremos o restauro da Ponte Euclides da Cunha, em São José do Rio Pardo e do acervo de Portinari na Igreja Matriz de Batatais.
Não por coincidência, todos os edifícios citados têm um uso público e, em muitos casos, também cultural. Esse é um dado importantíssimo, pois é no uso diário, na convivência com estes edifícios, que a população cria com eles a relação de afeto essencial para a valorização da nossa história.
Será assim também com os edifícios que abrigam as Oficinas Culturais, referência para a população das cidades e bairros onde estão instaladas porque oferecem, gratuitamente, inúmeras atividades de formação cultural: oficinas, cursos, palestras, debates, para crianças e adultos, para iniciantes e para quem lida com a cultura profissionalmente.
Com instalações renovadas, as equipes das Oficinas, que já promovem atividades em toda a região do entorno de onde estão instaladas, também terão condições muito melhores de ampliar sua atuação. No ano passado, por exemplo, as 21 Oficinas conseguiram promover ações em 325 municípios, descentralizando o acesso às atividades de forma a beneficiar a população de boa parte do Estado.
Na Oficina Amácio Mazzaropi, aqui na capital, funciona também a SP Escola de Teatro, que desenvolve um trabalho exemplar de formação profissional em todas as técnicas relacionadas às artes do palco.
Todos os edifícios serão adaptados para garantir a acessibilidade de pessoas com deficiência, inclusive com instalação de elevadores. Esse é um dos pontos mais importantes de todos os projetos de restauro e modernização. Estas obras, portanto, vão beneficiar diretamente milhares de paulistas, que ganharão mais conforto no atendimento e mais prazer no contato com a cultura.
*Marcelo Mattos Araujo é Secretário de Estado da Cultura de São Paulo

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