2013: Ano das surpresas

Neste domingo, 18 de agosto, a Diocese de Jales realiza sua tradicional "romaria diocesana", congregando o povo na Praça da Catedral, para celebrar seu aniversário, reviver seu passado, retomar sua caminhada pastoral e festejar sua Padroeira, Nossa Senhora da Assunção.
De maneira especial, a Romaria se tornou o bom momento para a Diocese se sentir em comunhão com a Igreja e com o mundo, abraçando com generosidade as grandes intenções do ano, assumidas como motivo de preces e de ação de graças diante de Deus.
Este ano de 2013 já parecia já bem encaminhado como Ano da Fé, e com a Campanha da Fraternidade sobre a Juventude.
Mas eis que, de repente, foram aparecendo as surpresas. E a agenda que já parecia completa e tranquila, foi se enchendo de novidades.
De tal maneira que 2013 tem tudo para passar para a história como o ano das surpresas inesperadas.
Elas começaram no dia 11 de fevereiro, quando o Papa Bento XVI anunciou sua renúncia, para ser efetivada no final daquele mês, no dia 28 de fevereiro.
Esta notícia trazia em seu bojo a expectativa de outras, que em decorrência iriam se suceder. Além da situação completamente inusitada, de a Igreja contar simultaneamente com dois papas, um emérito e outro titular. Isto fez aumentar a interrogação sobre o resultado do conclave, cuja realização podia ser já agendada com mais antecedência, dado que não dependia de fato aleatório, mas de evento já consumado, como fora a renúncia de Bento XVI.
Pois bem, dadas as circunstâncias originais e inesperadas, aumentou o interesse do mundo inteiro pelo resultado do conclave, que nunca foi seguido por tantos jornalistas como desta vez.
Eles fizeram todas as projeções possíveis, tentando prever qual seria o resultado do Conclave. Imaginaram todas as hipóteses, menos a verdadeira.
Alguns tiveram o cuidado de adivinhar a própria duração do conclave, que deveria ser longo, para cumprir o roteiro de votações, supostas por eles.
Mas também nisto prevaleceu a surpresa. Depois de dois dias, ao cair a noite apareceu, generosa, a fumaça branca saindo da chaminé da Capela Sistina. Isto fez subir ao máximo a expectativa: quem sairia Papa deste conclave cheio de enigmas?
Pois bem, foi então que apareceu a grande surpresa, que ficará na história marcando para sempre o ano de 2013: o novo Papa vinha da América Latina, era um argentino, um jesuíta, que assumia o nome de Francisco. Todos os detalhes originais, nunca antes acontecidos. O Papa eleito era o Cardeal Jorge Mario Bergoglio!
A partir daí, ele mesmo se encarregou de ir proporcionando novas surpresas, todas elas confirmando, para alegria de todos, a soma de surpresas que o novo Papa ia assumindo e integrando: o nome escolhido, Francisco, que por si só já seria um programa de governo; a denominação de "bispo de Roma" com que prefere se identificar; sua atitude humilde de pedir a bênção do povo antes de sua bênção "Urbi et Orbi"; sua decisão de se deslocar de ônibus junto com os cardeais; sua deliberação de não ocupar os aposentos pontifícios para permanecer hospedado na Casa Santa Marta, o pequeno hotel que existe dentro do Vaticano.
E assim foram se sucedendo gestos e palavras, que iam ressaltando seu testemunho de simplicidade, de bondade, de autenticidade.
Faltava comprovar outra surpresa: como se portaria com as multidões no Brasil, durante a Jornada Mundial da Juventude. A partir daí não é preciso dizer mais nada. Todos temos bem presente a sucessão de surpresas que foi sua presença entre nós.
Estes fatos todos já bastariam para carimbar este ano de 2013 como o ano das grandes surpresas. Se vier mais alguma, e se for da parte do Papa, estamos prontos para acolher e apoiar. Pois se estamos com este Papa, estaremos no bom caminho!
D. Demétrio Valentini

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