Sistema respiratório:

da infância a idade adulta
As doenças respiratórias afetam o trato e os órgãos do sistema respiratório, atingindo indivíduos de todas as faixas etárias. No caso de crianças e adolescentes, os problemas podem repercutir posteriormente, na idade adulta.
Segundo a pneumologista pediátrica dra. Marina Buarque de Almeida, diretora da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT) e médica da Unidade de Pneumologia Pediátrica no Instituto da Criança – HC – FMUSP, a maioria dos adultos que possuem alguma doença respiratória tiveram as primeiras crises e sintomas na infância.
"As doenças respiratórias, quando ocorrem na infância, podem determinar alterações permanentes na vida adulta e, de acordo com a gravidade e com os tipos de alterações, o paciente poderá adquirir sequelas permanentes e duradouras", afirma a doutora.Ainda na gestação – Os cuidados com a saúde respiratória da criança devem começar já na gestação. Nesta fase, é importante que a mãe tenha um bom seguimento de pré-natal, mantenha sua saúde, não fume e nem se exponha ao tabagismo passivo.
Ao nascimento, é importante incentivar e estimular o aleitamento materno e seguir as orientações do pediatra, que incluem a vacinação de acordo com o calendário vacinal orientado pela Sociedade Brasileira de Pediatria.Alerta – O cigarro é um dos principais inimigos do sistema respiratório. Crianças expostas ao tabagismo desde a gestação podem ter complicações nas vias aéreas e consequente dificuldade ao respirar. Outro fator prejudicial importante é a poluição atmosférica, que contribui com o desenvolvimento de doenças ou pode desencadear crises em pacientes portadores de doença respiratória crônica.
"O período com alto índice de poluição ambiental é aquele em que as chuvas tornam-se raras e a umidade relativa do ar torna-se baixa. Este período é, também, o pico da circulação dos vírus respiratórios, que são agressivos ao sistema respiratório e causam, em indivíduos suscetíveis, danos de maior gravidade".Atenção aos sinais – Tosse frequente, falta de ar, febre persistente ou dores no peito são alguns sinais que podem significar necessidade de avaliação médica, mesmo se aparecem isoladamente.
A falta de fôlego ao praticar atividades físicas, que muitas vezes é aceita como uma consequência do sedentarismo, também deve ser considerada, pois pode se tratar de um sintoma de doenças respiratórias.
"É importante ressaltar que mesmo na presença de doenças respiratórias, a prática esportiva, realizada de acordo com a faixa etária e condições de saúde, traz benefícios aos pacientes", relata dra. Marina.

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