A depressão na terceira idade

Por Giovani Alessandro de Mello
e
Vanessa Cristina Lourenço Casotti Ferreira da Palma
O estudo do envelhecimento é atualmente um dos principais pontos de atenção dos agentes sociais e governamentais, bem como da medicina em geral. A Política Nacional do Idoso sancionada pelo Ministério da Saúde designa idosa a pessoa com idade superior ou igual a 60 anos de idade. A Organização Mundial de Saúde estima que aproximadamente um em cada dez idosos sofra de depressão.
A depressão é uma das principais doenças mentais na população idosa e que se caracteriza por episódios de longa duração, alta cronicidade, recaídas e recorrências, prejuízo psicossocial e físico e alto risco de suicídio. Ela é de difícil reconhecimento e diagnóstico, uma vez que a sociedade de um modo geral a encara como um fato normal à velhice. As causas da depressão ainda são desconhecidas, mas acredita-se que vários fatores biológicos, psicológicos e sociais, tudo atuando de forma concomitante, desencadeiem a doença.
É uma condição que coloca em risco a vida, sobretudo daqueles que têm alguma doença crônico-degenerativa ou incapacitante, pois há uma influência recíproca na evolução clínica do paciente. As causas de depressão no idoso configuram-se dentro de um conjunto amplo de componentes onde atuam fatores genéticos, eventos vitais, como luto e abandono, e doenças incapacitantes, entre outros. Cabe ressaltar que a depressão no idoso frequentemente surge em um contexto de perda da qualidade de vida associada ao isolamento social e ao surgimento de doenças clínicas graves.
No cotidiano, constata-se que a palavra "depressão" é utilizada de forma genérica, abrangendo um grande número de doenças, principalmente aquelas ditas mentais, distorcida do seu significado real. No senso comum, designa desde alterações psicológicas, perturbações psiquiátricas graves a flutuações de humor ou de caráter. A incidência de depressão é mais elevada em populações asilares ou em hospitais para internação de doentes agudos do que na comunidade, em razão do isolamento social.
O tratamento da depressão no idoso tem por finalidade reduzir o sofrimento psíquico causado por esta enfermidade, diminuir o risco de suicídio, melhorar o estado geral do paciente e garantir uma melhor qualidade de vida.
O acompanhamento psicoterápico como complemento ao tratamento medicamentoso pode propiciar a recuperação desses idosos. O tratamento da depressão, como também de outras doenças neuropsiquiátricas no idoso, é um desafio que envolve intervenção especializada. As estratégias de tratamento envolvem psicoterapia, intervenção psicofarmacológica e, quando necessário, eletroconvulsoterapia.
Em suma: existem várias maneiras que objetivam o tratamento de depressão no idoso, além das elencadas no texto, podemos afirmar que atividades sociorrecreativas, como ouvir música alegre, dançar, participar de jogos, conversar com os amigos, podem melhorar muito o estado de espírito dos idosos aumentando sua qualidade de vida.
*Giovani Alessandro de Mello: Acadêmico do Curso de Administração da UFMS – Campus de Três Lagoas. E-mail: giovani.rs@gmail.com
*Vanessa Cristina Lourenço Casotti Ferreira da Palma: Professora do Curso de Direito da UFMS – Campus de Três Lagoas. vanessacasotti@hotmail.com

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