Eleitorado com um pé atrás

O eleitorado da prefeita Nice Mistilides (PTB) está um tanto reticente quanto ao seu modo de governar. Ela teve praticamente 90 dias para escolher e anunciar o seu secretariado e não o fez, deixando os convites para  a última hora, e não designando todos os assessores de sua confiança, quando os correligionários, eleitores, amigos e a própria imprensa,  acreditavam num primeiro escalão de altíssimo nível, o que de fato não aconteceu. 
O pedido de criação de onze cargos de livre nomeação à Câmara Municipal, não tendo concluído nem 30 dias frente à Prefeitura, coloca a prefeita Nice Mistilides em xeque com o seu eleitorado, que acreditou e deu-lhe a vitória em  outubro do ano passado. São cargos de pequena expressão, mas que estão sendo criados, a bem da verdade,  para cumprir promessas de campanha eleitoral, e vai onerar a folha de pagamento que precisa se enxugada e não inflada 
E a maior agravante nesse caso do projeto de lei pedindo a criação dos cargos é que, a capacidade de conhecimento do Secretário Municipal de Administração e a própria assessoria jurídica da prefeita, foram colocadas em xeque, com a devolução do Projeto de Lei pela Câmara Municipal ao Gabinete do Poder Executivo, com a informação de que, os cargos não poderiam ser criado por lei ordinária mas sim por lei complementar.
Sabe-se pelos quatro cantos da cidade,  que o diretor da Universidade Aberta do Brasil (UAB), Nilton Marques, é pessoa ligada ao PT e amiga do ex-prefeito Humberto Parini. Mudar um artigo de uma lei que exige  Mestrado para ser ocupado,  para nomear, segundo comentários fortíssimos  pela cidade, para o cargo, uma pessoa com diploma de curso superior mas sem o título exigido pela lei, apenas porque o ocupante é adversário político e o pretenso candidato ao cargo é de um partido de apoio à administração. É o egocentrismo falando mais alto.
O diálogo é fundamental para tudo, especialmente na política, onde as divergências surgem  com o vento,  de uma hora para outra.  É preciso diálogo, competência e delegação de poderes.

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