Prefeitos participam de seminário "Novos Gestores" promovido pela CNM

Aconteceu na segunda e terça-feira, 22 e 23 de outubro, em São José do Rio Preto, o do Seminário "Novos Gestores – Ponto de Partida para uma gestão de qualidade", promovido pela CNM – Confederação Nacional dos Municípios. O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, fez a abertura do evento que contou com mais de 300 participantes.
Os presidentes da Associação dos Municípios Araraquarense (AMA), Alberto Caires, e da Associação Paulista de Municípios (APM), José Francisco Oliveira pediram a união dos prefeitos. "Não adianta lutar sozinho", disse Caires. "São Paulo é a locomotiva dessa federação. Temos que nos fazer mais presentes nos eventos da CNM", completou Oliveira.
O líder do movimento municipalista apresentou o histórico e as conquistas da CNM. "Os donos dessa Confederação são os Municípios. O prefeito só será desvalorizado se ele quiser, porque vamos informá-los e orientá-los", afirmou. O primeiro conselho foi em relação à escolha dos secretários e cargos de confiança. Para o presidente, eles devem ser gestores e entender ao menos o básico da administração municipal.
O deputado Edinho Araújo (PMDB-SP) participou da abertura do evento e defendeu a necessidade de um novo pacto federativo como forma de diminuir o desequilíbrio existente entre estados e municípios. "É preciso rediscutir as competências. A solução é o novo pacto federativo", afirmou.
O objetivo do seminário Novos Gestores, de acordo com a Confederação Nacional dos Municípios, é capacitar os prefeitos eleitos para uma gestão de qualidade. Os participantes tiveram a oportunidade de assistir a painéis de educação, saúde, trânsito e mobilidade urbana, tecnologia da informação, jurídico, finanças, desenvolvimento e Observatório do Crack.
Durante o pronunciamento, Edinho Araújo defendeu a urgência para um novo pacto federativo para diminuir os principais problemas enfrentados nas relações entre União, estados e municípios. "Atualmente as atribuições como a da saúde, educação, assistência social são responsabilidade dos municípios, enquanto que a capacidade de investimento da grande maioria das cidades brasileira é praticamente zero", afirmou Edinho Araújo.
Aos participantes, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, explicou a importância da redistribuição dos royalties de petróleo e gás natural. "Liguem para seus deputados e peçam a aprovação do projeto da maneira como a CNM defende. Serão R$ 400 milhões a mais para os Municípios paulistas do que o repassado hoje", contou.
Ainda a respeito do Parlamento ele lamentou: "O Congresso, em sua maioria, não age com responsabilidade conosco". Paulo Ziulkoski apresentou também as inúmeras proposições em tramitação que exoneram as contas municipais. "Só o piso dos enfermeiros são R$ 23 bilhões", alertou.
Nada além das atribuições legais
– Uma instrução foi repetida por Ziulkoski: "Não façam nada além do que determina a lei. Assim, é mais fácil fazer uma boa gestão. Não assinem convênios onde os Municípios são os principais financiadores. Não tentem fazer tudo, porque quem faz isso acaba na cadeia", alertou.
Dentre os temas abordados pelo presidente, ele destacou as possibilidades para o aumento na arrecadação própria, o financiamento da Saúde, as dificuldades no sustento da Educação, as dívidas e créditos com a Previdência Social e o assistencialismo.

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