Refletindo o progresso tecnológico

Por Alexandre Miguel Pereira, Edinéia Aparecida Souza Machado
e Thais Diane Borges dos Santos
Nos dias atuais, podemos notar que a tecnologia proporciona infinitos benefícios em diversos setores, em tarefas do cotidiano ou mesmo no ambiente de trabalho, concorrendo para novas formas de relações interpessoais e até para a formação e divulgação de valores, conceitos e opiniões.
Observa-se que existe um grande equilíbrio entre as possíveis vantagens e as desvantagens que o avanço da tecnologia vem trazendo para a sociedade moderna.
Com as constantes mudanças a partir da internet, as informações se multiplicam em alta velocidade. Invadem o cotidiano e nos saturam com informações, serviços e entretenimento. Isso proporciona maior agilidade na comunicação, tendo em vista que, até meados da década de 1990, no Brasil, uma notícia demoraria meses para chegar a certo raio de distância e, hoje, em segundos se espalha pelo mundo todo
Há, no entanto, contratempos, que, por vezes, passam despercebidos. Essa facilidade de encontrar informações em tempo real deixa o comportamento humano um tanto quanto acomodado. Em tempos passados, as pessoas procuravam conhecimento nos livros; hoje, quando surge uma dúvida ou um questionamento, o primeiro impulso é acessar um site de busca. Dessa forma, as opiniões são "afeiçoadas" facilmente com uma primeira leitura superficial, ou apropriadas do mesmo modo como as informações são moldadas pelos meios televisivos. Assim, na maioria das vezes as opiniões se assemelham às daqueles quem as editam, sendo impostas aos telespectadores.
Voltando um pouco mais no tempo, verificamos que, no início do século XIX, por exemplo, as formas de transmissão de informação e até mesmo as condições de vida eram bem diferentes das atuais; e não havia distribuição de energia elétrica. Com o passar dos anos, surgiram melhorias tecnológicas para universalizar esse serviço. Hoje, é quase impossível imaginar a vida sem estar em contato com a eletricidade.
No ambiente de trabalho, tanto na rede privada quanto em setores públicos, a dependência da eletricidade se torna mais evidente: com os sistemas interligados por meio da internet, tanto a falta da eletricidade quanto a queda de provedores podem acarretar perda na otimização do trabalho e de recursos financeiros. Nos casos mais críticos, os gestores das organizações se veem impotentes diante de tamanho problema.
Em geral, o surgimento das tecnologias implica certa dependência que as pessoas nem mesmo sabem quantificar. Dessa forma, criou-se um grande questionamento: Estamos nos tornando escravos da tecnologia?
Dessa inquirição, derivam outras indagações: O que é realmente essencial? Quais os benefícios? E as consequências? Isso gerou uma ambição desmedida por mais poder e lucros? Até onde poderemos substituir mão de obra por máquinas sofisticadas?
Só temos certeza de que esse é, salvo melhor juízo, um caminho sem volta, já que essas tecnologias vieram para ficar. Uma das saídas para essa estrada sinuosa é aprender a lidar com elas, ter foco nas prioridades e sempre pôr em primeiro lugar a qualidade de vida, que não está diretamente ligada à tecnologia; do contrário, nossos antepassados não teriam sobrevivido para dar a "luz" às gerações que participaram do progresso tecnológico.
Alexandre Miguel Pereira e Edinéia Aparecida Souza Machado: Acadêmicos de Ciências Contábeis da UFMS – Campus de Três Lagoas – Thais Diane Borges dos Santos: Administradora e Professora da UFMS – Campus de Três Lagoas.

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