Bancada mineira se divide em grupos para cobrar demandas da União

Bancada mineira, formada por 53 deputados e três senadores, irá se dividir em grupos para monitorar as principais demandas de Minas Gerais junto aos Três Poderes. A intenção é pressionar a União para a execução de obras consideradas prioritárias e pretende, ainda, apresentar à presidente Dilma Rousseff a Agenda de Convergência para o Desenvolvimento de Minas Gerais, a chamada Agenda Minas, que contempla 16 reivindicações consideradas prioritárias para o desenvolvimento econômico e social do Estado. A reunião, que ainda não tem data marcada, será agendada pela própria presidente.
Os 16 pontos foram organizados em cinco linhas de ação e a bancada mineira instalará 19 grupos que irão contemplar estes pontos. A primeira linha trata de investimentos a serem realizados pela Petrobras em Minas e um dos comitês ficará encarregado exclusivamente do contato com a estatal, com objetivo de viabilizar os investimentos.
Neste sentido, a Agenda Minas quer que a Petrobras articule com a Braskem a instalação do polo acrílico na Refinaria Gabriel Passos (Regap), cumprindo o protocolo de intenções assinado em 2005 com o governo do Estado; comprometimentos formais da Petrobras para a construção da usina de amônia e ureia em Uberaba, para a ampliação da capacidade instalada da Regap e para a extensão do Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol) de São Carlos (SP) até o Triângulo Mineiro. Também solicita a realização de estudos e ampliação de investimentos da estatal na produção de álcool e biodiesel por meio da planta instalada em Montes Claros e de estudos de viabilidade para a exploração de gás natural na Bacia do Rio São Francisco.
Infraestrutura –
Cada parlamentar deverá escolher dois grupos de trabalho e o deputado federal Aelton Freitas (PR/MG) fará parte das ações de adequação da BR-262 e de infraestrutura ferroviária. Se possível, também pretende integrar o grupo de investimentos da Petrobras.
Específicos –
Para o deputado federal Aelton Freitas, esta mobilização é importante. "É um processo suprapartidário com foco nos anseios do povo mineiro, visando resultados concretos. Por isso, espero que nossa bancada consiga mobilizar o governo federal para acelerar a realização da Agenda Minas", avalia o deputado.
Os demais comitês ficarão encarregados de projetos que dependem de negociações e que contemplam ações nas áreas de educação, saúde, economia do conhecimento (parques tecnológicos), defesa social e patrimônio histórico e cultural, além de prioridades específicas, como a revisão dos royalties do minério, da repactuação das dívidas dos estados, a implantação de um Tribunal Regional Federal em Minas Gerais, investimentos para prevenção e recuperação dos efeitos das chuvas e intervenções de saneamento.
Outros cinco grupos tratarão de projetos de infraestrutura inclusos no Programa de Aceleração do Crescimento: a duplicação das BRs 381 e 040, a implantação do Rodoanel, reforma e ampliação do metrô de Belo Horizonte e adequação da BR-262. Outros quatro comitês ficarão responsáveis da terceira linha de ação, que são as parcerias público-privadas, como a infraestrutura ferroviária, adequação e a duplicação das BRs 116, 383, 262, 367, 356 e 251 e a ampliação do Aeroporto de Confins.

Comentários